Uma moradora do interior de Bandeirante, no Extremo-Oeste de Santa Catarina, caiu no “Golpe do Amor” e perdeu R$28 mil para os estelionatários. A PC (Polícia Civil) alerta para a incidência de casos semelhantes na região e indica como identificar o crime.
O primeiro contato do estelionatário com a mulher, de 40 anos, foi por um perfil em uma rede social. O golpista contou que morava em Londres, na Capital da Inglaterra, e que se interessou pela mulher pois estava em busca de uma esposa.
Alguns dias se passaram e, segundo o escritório de advocacia que responde pela catarinense, eles passaram a trocar mensagens pelo WhatsApp. Em determinado momento, o homem pediu o endereço da vítima alegando que enviaria jóias e outros presentes caros.
Em 15 de fevereiro, a mulher recebeu uma ligação de uma “empresa” informando que havia um pacote a ser entregue a ela, mas que a catarinense precisava depositar R$ 3 mil para quitar as taxas do serviço. A vítima fez a transferência do valor para uma conta bancária informada no telefonema, sem desconfiar que se tratava de um golpe.
Mais tarde, depois de ter feito o depósito do primeiro valor, a “empresa” fez um novo contato com a mulher. Desta vez, o golpista alegou que, devido ao alto valor da encomenda, ela precisaria fazer um seguro da entrega e depositar mais R$ 9,5 mil. E ela fez!
A empresa voltou a ligar para a mulher seis dias depois. Desta vez, disseram que o departamento de logística havia constatado milhões de cédulas estrangeiras, por isso ela precisava depositar R$ 15,5 mil para “um certificado de prevenção de lavagem de dinheiro”. A mulher, então, foi até a Caixa Econômica Federal e depositou R$ 10 mil e depois foi até o Bradesco e transferiu o valor de R$ 5,5 mil.
E continuou…
A mulher novamente foi procurada pelo estelionatário na segunda-feira (8). Ele pediu a ela se todos os depósitos haviam sido feitos. A “empresa” também fez uma nova ligação pedindo o depósito de mais R$ 8 mil para efetuar a entrega do referido “presente”. Contudo, a catarinense percebeu que se tratava de um golpe e procurou seu advogado para confirmar a informação, mas já era tarde demais.
O golpe
O delegado da Polícia Civil, Joel Specht, alerta que esse tipo de golpe tem se tornado recorrente em Santa Catarina, principalmente em cidades do interior. Conforme ele, os golpistas criam perfis falsos em redes sociais ou enviam e-mails para ter acesso às vítimas.
“Normalmente os criminosos alegam que moram no exterior, que tem uma vida estável, um status, e acabam conseguindo ter confiança da vítima. Depois disso, inventam diversos pretextos para solicitar depósitos e transferências bancárias”, contou.
No caso dos R$ 28 mil, a polícia já investiga o estelionato. O delegado diz que tentaram rastrear o dinheiro nas contas dos depósitos, mas os golpistas já tinham sacado os valores. “Por se tratar de um grupo estruturado, rapidamente esse dinheiro é sacado e a vítima fica no prejuízo”, explicou.
CPFs de terceiros e até de pessoas já mortas são usados nos crimes. Homens também já caíram no golpe em Santa Catarina.
Com informações ND Mais