O Ministério Público de Santa Catarina denunciou o motorista, de 36 anos, da carreta que arrastou uma motocicleta por 32 quilômetros e matou a passageira, na tarde do dia 6 de março, na BR-101, em Penha. Após bater na traseira da moto, ele continuou o trajeto com o outro veículo enroscado no para-choque, a mulher ficou caída no local do acidente, já o marido dela permaneceu na moto e conseguiu escalar até a janela da carreta, para tentar fazer o motorista parar.
O caminhoneiro deve responder por homicídio com dolo eventual de Sandra Pereira, 47 anos, que morreu mais tarde no hospital, e por tentativa de homicídio triplamente qualificada de Anderson Pereira, 49 anos, que pilotava a moto. A denúncia foi feita no dia 10, o poder judiciário a recebeu, mas não informou mais detalhes sobre o prosseguimento do processo. O motorista segue preso em Itajaí.
Segundo a promotora de Justiça que fez a denúncia, Cristina Balceiro Motta, o motorista do caminhão assumiu o risco (dolo eventual) "de matar qualquer das pessoas que cruzassem seu caminho" e acabou vitimando de fato a passageira da moto.
"Consta nos autos indícios de que o homem consumiu cocaína e rebite (derivado da anfetamina). Ele não dormia há dias, e assim agiu no intuito de terminar a viagem e entregar a carga em menos tempo. Então, ao agir dessa forma, assumiu o risco (dolo eventual) de matar qualquer das pessoas que cruzassem seu caminho. Além disso, há testemunhas que relataram que ele conduzia o caminhão em velocidade excessiva e de forma perigosa, o que corrobora o dolo eventual", informou a promotora.
Sobre a denúncia feita em relação a Anderson, a promotora afirmou que o caminhoneiro teve dolo de matar a vítima. "Além de arrastá-lo por cerca de 20 km, ele ignorou os pedidos da vítima, para que parasse, dava socos e a empurrava com o intuito de jogá-la do caminhão em movimento", concluiu a promotora.
Com informações do G1 SC