Diante das dificuldades de ensino e aprendizagem dos conteúdos de anatomia para o aluno surdo, pelo fato de não haver sinais para cada palavra, assim como não há sinais para cada osso, o que torna difícil a interpretação e a aprendizagem do aluno, a Coordenadora do Núcleo de Acessibilidade e Inclusão (NAI), da Unoesc Chapecó, Marineiva Moro de Oliveira, a professora da área da saúde, da Unoesc Joaçaba, Jucielly Carla Téo e o Coordenador de Tecnologia da Informação e Comunicação, da Unoesc Joaçaba, Kurt Schneider, desenvolveram um trabalho com os acadêmicos surdos com o tema Sinais em Libras do sistema esquelético humano.
Conforme explica a coordenadora do NAI da Unoesc Chapecó, Marineiva Campos de Oliveira, a ideia foi elaborar junto com surdos, sinais que identificassem os ossos humanos para que, durante as aulas de anatomia, pudessem facilitar a comunicação, antes disso quando eles tinham que usar a datilologia, que é fazer letra por letra da palavra, isso limitava a comunicação.
— Depois da elaboração dos sinais, que envolveu surdos, professora de Anatomia e intérprete, a comunicação ficou muito mais ágil e assertiva, e o objetivo que era melhorar o ensino e possibilitar uma aprendizagem inclusiva foi atingido — destaca Marineiva.
Por conta desta atividade, a Revista Brazilian Journal of Development (BJD), fez contato com as professoras solicitando a publicação de um artigo, que foi submetido e aprovado com o título “Libras e anatomia: A sinalização mediada pela tecnologia”.
De acordo com a professora Jucielly Carla Téo, a Revista Brazilian Journal of Development (BJD) surgiu com a percepção de alguns professores brasileiros de que o tema do desenvolvimento carece de meios de divulgação de pesquisas científicas. É uma publicação mensal, cujo objetivo é disseminar conhecimentos na área de desenvolvimento, através da publicação de artigos científicos que apresentam contribuições originais, tanto empíricas quanto teóricas.
— Este artigo possibilitou efetivar o ensino inclusivo que a Unoesc objetiva, além disso, possibilitou estreitar relações entre professor, aluno surdo e intérprete. Mas, a contribuição mais significativa foi a aprendizagem dos alunos surdos — enfatiza Jucielly.
Fonte: Adriano França/Assessoria de Imprensa