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Governo cria 2.7 mil leitos de UTI em 22 estados


O Ministério da Saúde autorizou, por meio de duas portarias, a criação de mais 2.700 mil leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para 22 estados.

    Deste total, 1.280 mil leitos vão reforçar o atendimento em 50 municípios na Bahia, Maranhão, Piauí, Rio Grande do Sul e São Paulo. Outros 1.499 mil leitos vão atender 70 municípios do Acre, Alagoas, Amapá, Ceará, Espírito Santo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, Sergipe, Tocantins e o Distrito Federal. A medida chega quando 16 estados e o Distrito Federal registram mais de 90% de ocupação nos leitos para tratamento da Covid-19.

      A pior situação é em Mato Grosso do Sul, onde mais de 100% dos leitos já estão ocupados. O Rio Grande do Sul tem 98,4% de ocupação nos hospitais do estado, Santa Cataria tem 96,8% e o Paraná, 95%. O médico Renato Kfouri ressalta que a criação de leitos de UTI demanda bem mais do que apenas a aquisição de equipamentos.

      “A criação de leitos de UTI não é tarefa simples. Depende dos espaços físicos dos hospitais de campanha ou de transformações dentro de hospitais, de leitos hospitalares em leitos de terapia intensiva, mas, basicamente, depende de muitas outras coisas, como insumos, equipamentos, respiradores e, principalmente, os profissionais de saúde habilitados para atendimento nessas unidades. A criação de um novo hospital requer uma estrutura muito grande, que vai desde o fluxo de oxigênio, das câmeras, dos aparelhos e de escalas de plantões completas.

       O paciente gravemente enfermo precisa ser atendido 24 horas por dia por pessoal de  enfermagem, médico e fisioterapeutas todo o tempo”. Para Renato, o governo tem outras opções mais viáveis do que criar leitos de UTI do zero. “Nós já aumentamos muito a capacidade de leitos hospitalares no país, mas infelizmente não foram suficientes. Há que se investir mais, utilizar as estruturas já prontas de hospitais, centros cirúrgicos transformados em terapias intensivas, mesmo enfermarias pediátricas que não estão sendo ocupadas, ou até mesmo maternidades, para que a gente possa, enquanto leitos de UTI não são realmente criados, adaptar e dar um atendimento de qualidade para os que estão  procurando”. A autorização do Governo Federal para novos leitos de UTI partiu da solicitação de secretarias de saúde estaduais. 



Fonte: Secom