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Coruja é flagrada em ‘sono profundo’ em rodovia de SC


Uma cena inusitada e um tanto quanto fofa foi flagrada na manhã desta sexta-feira (19) por um morador de Curitibanos, no Meio-Oeste de Santa Catarina. Uma coruja da espécie Tyto Furcata, conhecida como coruja branca, foi encontrada aparentemente dormindo um sono profundo às margens da BR-470, em Curitibanos.

A cena foi flagrada pelo motorista Mateus Perroni de Souza, de 25 anos, enquanto viajava a trabalho sentido a Joaçaba, também no Meio-Oeste. Ao avistar a coruja, Souza parou o carro e filmou o animal. Mesmo com a aproximação do motorista, a ave de rapina ficou imóvel. Para quem via a cena podia afirmar que a coruja dormia tranquilamente.

“Achei muito interessante ver ela parada. Fiz um vídeo curto porque achei que ela ia voar devido à movimentação e o barulho. Consegui me aproximar cerca de 50 centímetros. Não quis mexer com ela porque fiquei com medo dela voar e acabar sendo atropelada. Optei por deixá-la no mesmo lugar para evitar riscos a ela, mas acredito que logo ela voou”, contou.

Souza, que trabalha como motorista, disse que é comum encontrar animais na beira da estrada, inclusive já presenciou outras corujas. “Como nosso serviço é com horário marcado nunca tinha parado para registrar, mas como hoje sai mais cedo deu tempo de fotografar”.

O biólogo Jackson Preuss explicou que essa não é uma situação comum, principalmente por ser um animal noturno. Porém, alguns motivos podem explicar o flagra inusitado.

“Por ter sido encontrada perto da estrada, podemos deduzir que ela foi atropelada. Um choque pode ter feito com que ela ficasse estática. Quando elas estão voando a noite à luz dos faróis atrapalha a visão. Esse pode ser um dos motivos, caso ela tenha sido atropelada”, disse.

Outro motivo considerado pelo biólogo é a existência de alguma alteração fisiológica no animal. “Porém, por estar próximo da estrada acredito que ela possa realmente ter sido atingida por um veículo”, comenta.

Corujas e seus mistérios

Elas são animais rodeados de mistérios e fazem parte da mitologia em muitos países. Há quem diga que são símbolo de sabedoria e que trazem sorte. Na mitologia grega, por exemplo, Athena, a deusa da sabedoria, tinha a coruja como símbolo. Outros, no entanto, ligam a figura do animal à má sorte e morte.

Porém, nenhum dos mitos é comprovado. O que realmente se sabe é que as corujas são aves noturnas e encontradas em todo o mundo. A sua postura ereta e os olhos para frente às proporciona uma visão binocular, assim como a dos seres humanos.

Seus olhos não são esferas, mas tubos que garantem uma melhor percepção de profundidade e facilita para que vejam suas presas a longas distâncias. Em contrapartida, a visão aproximada não é tão clara assim, principalmente durante a exposição à luz.

Preuss explicou que elas têm a capacidade de girar a cabeça em torno de 270 graus, 135 graus para cada lado. “Corujas também têm audição muito apurada. Isso porque possuem orelhas assimétricas, o que as concede uma audição superior e a habilidade de identificar onde está a presa, mesmo sem conseguir enxergá-la”.

Do que se alimentam?

As corujas são animais carnívoros e que comem roedores, mamíferos de pequeno ou médio porte, insetos noturnos e pássaros, incluindo corujas menores. Após digerirem o alimento, elas regurgitam pelotas de ossos comprimido, pêlos, dentes, penas e outros materiais que não conseguirem digerir.

De acordo com o biólogo, elas têm pés com dois dedos apontando para frente e dois dedos para trás. Todos eles possuem calcanhares afiados o que oferece firmeza e força, tornando-as predadoras eficientes.

Suas penas ajudam a camuflar o som que elas produzem quando estão voando. Com grandes asas e corpos leves, são excelentes voadoras e passam praticamente imperceptíveis, o que as ajuda a perseguir as presas.

Além disso, elas emitem uma grande variedade de sons, entre eles ganidos, assobios, latidos e sílvios. Durante o período de reprodução seus chamados podem ser ouvidos a longas distâncias e as fêmeas, em geral, possuem vozes mais agudas do que os machos.



Fonte: ND+