A perspectiva é do presidente da Associação Catarinense dos Criadores de Suínos (ACCS), Losivânio Luiz de Lorenzi.
Segundo ele, a situação é crítica nesse momento, especialmente para os suinocultores independentes, embora, mesmo na integração, a rentabilidade também tem sido menor para os produtores.
Entre os motivos estão o alto custo de produção e a queda do consumo interno no primeiro trimestre, o que foi agravado pela pandemia, e pelos decretos de fechamento de serviços não essenciais em alguns estados.
A suspensão do pagamento e posterior redução no auxílio emergencial, chamado de corona voucher, também fez com que o consumo diminuísse.
Aqui no estado, pontua Losivânio, o preço pago pelo suíno foi de R$7,03 para R$6,30, e continua caindo, chegando já a menos de R$6 reais para alguns produtores independentes.
Outro fator que faz o preço cair é a grande oferta de produto. 2019 e 2020 tiveram bons momentos para a suinocultura, o que fez os produtores aumentarem os investimentos e hoje, há um maior número de leitões ofertados no mercado.
Losivânio de Lorenzi pontua que independente do que aconteça em relação à pandemia, há uma expectativa de reação no mercado, por conta da alavancagem nas exportações.
Entre as razões para o aumento estão o aumento na vacinação da população contra Covid, os problemas de Alemanha e China com a peste suína africana e o reconhecimento de mais estados brasileiros como livres de febre aftosa sem vacinação, permitindo a exportação para mercados mais exigentes.
Esses movimentos devem começar a ocorrer entre o fim de abril e início de maio. O presidente da ACCS acredita que ao final do ano, o saldo da atividade deva ser positivo.
Fonte: Rádio Tropical FM