O agravamento da pandemia de Covid-19 paralisa fábricas no Brasil. No setor automotivo, seis montadoras suspenderam atividades: Volkswagen, Scania, Volvo, Mercedes, GM e Nissan. Ao mesmo tempo, outras marcas também analisam a possibilidade. O setor já convivia com o desabastecimento de peças, mas o fechamento das concessionárias e o cenário recessivo na economia, que interfere na decisão do consumidor, forçaram o ajuste na produção, avalia o vice-presidente do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), Rafael Cervone. “Uma adequação, um freio de arrumação, para preservar os empregos, algo extremamente precioso, esciaplamente nesse momento. É algo que evita demissões, permite as cadeias rapidamente se recomporem e ter um ponto de previsibilidade para voltar a produzir com mais força.”
O setor têxtil assiste um crescimento nas vendas pela internet ao longo da pandemia, mas o volume global ainda é considerado pequeno diante dos milhares de pontos no varejo nos shoppings, explica o presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e Confecção, Fernando Pimentel. “Pelo lado do varejo que teve os seus trabalhos interrompidos por força das determinações legais, os varejistas, principalmente os que dependem da circulação de pessoas, pela decisão de não funcionarem e isso vai refletindo nas fábricas, primeiro nas confecções e depois no setor têxtil. Todos serão afetados em maior ou menor grau, dependendo do tempo de interrupção”, relata. A Fase Emergencial, a mais restritiva do Plano São Paulo de combate ao coronavírus, foi estendida até o dia 11 de abril em todo o Estado.
Fonte Jovem pan