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Caminhoneira se torna sargento do Exército e é primeira mulher a conduzir carreta nas Forças Armadas


Quando o assunto é empoderamento feminino, a paranaense Juliana Coques Paz é exemplo de que lugar de mulher é onde ela quiser: caminhoneira há nove anos, ela adentrou o Exército Brasileiro como sargento e hoje conduz carretas com excesso de dimensões transportando blindados.

Juliana Coques era esteticista e decidiu mudar de profissão, seguindo os passos do marido caminhoneiro em 2012, onde trabalhou conduzindo caminhões-caçamba e, posteriormente, caminhão-tanque.


Em Julho de 2020, a caminhoneira decidiu participar do processo seletivo para sargento temporário motorista do Comando Militar do Sul (que engloba os estados do Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina), onde foi aprovada e promovida ao cargo de 3° sargento do Exército.

Após o curso de formação, Juliana foi designada para servir no 5º Batalhão Logístico (5º B Log), em Curitiba, Paraná.


“Fui a única mulher a participar do processo seletivo para sargento temporário motorista e realizei um sonho de servir à Pátria e exercer a profissão de que gosto. Sempre gostei de dirigir e pilotar e agora estou na estrada transportando os blindados da Força Terrestre”, contou Juliana.

A primeira viagem oficial da caminhoneira foi transportando blindados, com Peso Bruto Total (PBT) de 60 toneladas, até a Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), localizada na cidade fluminense de Resende, Rio de Janeiro.


Além do adesivo na sapateira do caminhão, Juliana também fez questão de utilizar os tapetes na cor rosa dentro da cabine, dando seu toque feminino a função que exige rusticidade.

A sargento Juliana Paz também é responsável pela manutenção preventiva da carreta, troca de óleo, regulagem de freios, limpeza, amarração e desamarração da carga e o procedimento de manobra e carregamento de embarque do blindado.

“Estou muito animada com os próximos desafios e espero que mais mulheres sigam o sonho de ser motoristas de carreta. Eu tenho o apoio da família e do Exército”, afirmou.

De acordo com dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), atualmente o número de mulheres ao volante de caminhões e carretas no Brasil compõe apenas cerca de 10% do total de profissionais.





Fonte: Oeste Mais