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"Vai ser melhor do que ficar em casa", diz mãe de aluno sobre volta às aulas em SC


Mesmo com os protocolos estabelecidos para conter a disseminação do coronavírus na retomada presencial às aulas em 2021, muitos pais mantêm a preocupação ao deixar os filhos na porta de entrada das escolas. Em Joinville, nesta segunda-feira (8) mais de 70,1 mil alunos da rede municipal se despediram das férias escolares para dar início ao ano letivo. E, depois de quase um ano em atividades remotas, parte dos alunos voltou a ocupar as carteiras das unidades educacionais. 

Desta vez, diferente de todos os outros anos, o abraço ao coleguinha não pôde ser uma realidade aos pequenos e aos adolescentes. Nem na hora do intervalo, momento também importante para a recreação e convivência, o contato pôde ser feito. Mas, para quem fica em casa, o medo de contaminação não deixa de ser uma realidade.  

De mãos dadas com os dois filhos, a vendedora Thaís Liana Pereira entrou na fila formada em frente ao portão da escola Valentim João da Rocha, no bairro Vila Nova, para deixar a mais velha, de nove anos, em seu primeiro dia de aula. O filho mais novo, quatro anos, já havia encarado o primeiro dia no período matutino, no Centro de Educação Infantil (CEI) Bianca Carolina Pinheiro. 

- Se eu pudesse manter em casa, eu manteria. Mas sei que é complicado porque precisam ir para a escola. O mais novo está iniciando agora e precisa ter o aprendizado. Em casa é mais difícil ensinar uma criança. O ritmo é diferente - conta a mãe. 

Para ela, mesmo com as regras de distanciamento e outros protocolos de segurança estabelecidos pelo município, sempre há o risco de contágio. No entanto, a garantia de uma educação presencial é fundamental na formação das crianças.  

- O aprendizado na escola é melhor, vai ser melhor do que ficar em casa - completa. 

Escola deve realizar diagnóstico para medir desempenho dos alunos  

A escola Valentim João da Rocha conta com pouco mais de mil alunos matriculados. Do total, metade está distribuída no período da manhã e outra metade no período da tarde. A partir dos protocolos de segurança, a escola vai atender presencialmente cerca de 250 alunos em cada período, que serão divididos no esquema de rodízio para garantir o ensino híbrido.     

Conforme o diretor da unidade, Adilson Lipinski, a expectativa é alta e a escola está conseguindo manter os protocolos.  

- Nós temos uma expectativa que a maior parte dos alunos retornem para a escola. É importante que eles retornem porque o aprendizado da criança junto ao professor é diferenciado. Somos gratos às famílias que puderam apoiar as crianças no ano passado em casa, mas agora é o momento que eles retornam para os seus professores - destaca.  

Quanto ao desempenho dos alunos com relação a 2020, quando precisaram manter os estudos remotamente, a escola ainda está preparando uma avaliação diagnóstica. A partir disso, a escola vai identificar conteúdos dos quais os alunos das turmas necessitem de reforço por apresentar algum tipo de defasagem ou dificuldade.  

- Hoje é o nosso primeiro dia, então ainda não tivemos tempo para esta avaliação. Mas, com base nisso, o planejamento do professor vai atendendo essas demandas para ir para a aula ou não. Entendemos que é um processo lento, mas contínuo e importante para acompanhar a todos que apresentam qualquer tipo de dificuldade - reforça.   



Fonte: A Notícia