Um estudo realizado pela Public Health Scotland e a Universidades de Edimburgo, na Escócia, mostrou que a vacina de Oxford reduziu em 94% o risco de hospitalização por covid-19 após quatro semanas da primeira dose aplicada.
Já o imunizante da Pfizer reduziu 85%, segundo o mesmo estudo. Entre os idosos com mais de 80 anos a redução no risco foi de 81% quando os resultados das duas vacinas foram combinados. Os dados da pesquisa foram recolhidos entre 8 de dezembro e 15 de fevereiro, período em que 21% da população escocesa já havia recebido a primeira dose dos imunizantes, cerca de 1,14 milhão de vacinas.
A vacina de Oxford, desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com a farmacêutica AstraZeneca, é um dos imunizantes que estão sendo utilizados na vacinação no Brasil por meio de uso emergencial.
No último dia 23, a Anvisa concedeu o registro definitivo à vacina da Pfizer, no entanto ainda não há doses disponíveis no país.
“Esses resultados são importantes à medida que passamos da expectativa para a evidência firme do benefício das vacinas”, disse Jim McMenamin, diretor Nacional de incidentes covid-19 da Public Health Scotland, por meio de nota divulgada no último dia 22.
Os cientistas compararam os resultados daqueles que receberam a primeira dose dos imunizantes com os que não receberam. O estudo foi publicado no site da UK Research and Innovation.
O professor Aziz Sheikh, pesquisador principal e diretor do Instituto Usher da Universidade de Edimburgo, afirmou, também por meio do comunicado, que agora a primeira dose da vacina precisa ser “acelerada globalmente para ajudar a superar essa doença terrível”.
“Esses resultados são muito encorajadores e nos deram grandes razões para sermos otimistas para o futuro. Agora temos evidências nacionais – em um país inteiro – de que a vacinação oferece proteção contra hospitalizações por covid-19”, disse Sheikh.
Fonte: Michel Teixeira