Um casal foi preso nesta semana para cumprir uma sentença emitida pelo Juiz Flávio Luís Dell’ Antônio, da Comarca de Tangará, no ano de 2017. Eles foram condenados por agredir o próprio filho desde os três meses. O Homem deve cumprir uma pena de 10 anos de prisão em regime fechado e a mulher foi condenada a 4 anos de prisão em regime semiaberto.
A família morava no interior de Tangará, em 2014 o caso foi denunciado anonimamente por vizinhos, que ouviam o choro constante do bebê. As conselheiras tutelares já investigavam o acontecimento, diante de diversas explicações diferentes que a mãe fornecia sobre os hematomas que apareciam na criança.
O menino, com sete meses, deu entrada no hospital com diversas fraturas já calcificadas. Exames foram feitos porque os médicos acreditavam tratar-se de tumor ósseo, já que a mãe negava qualquer tipo de agressão. Os exames também constataram um quadro de desnutrição.
A outra filha do casal, com apenas 3 anos na época, presenciava as agressões. As crianças foram retiradas da família e encaminhadas para adoção. No abrigo, a menina relatou a uma das cuidadoras que o pai atirava o irmão contra a parede da casa.
Embora a mulher tenha confessado ter derrubado o filho no chão em uma ocasião, não demonstrou participação efetiva na tortura e maus tratos, mas conviveu com os fatos praticados pelo genitor, não fez nada para evitar o cometimento do crime, tentando inclusive encobri-lo.
O homem desconfiava de sua paternidade em relação ao filho menor, sendo este o verdadeiro motivo para castigar a criança, como se fosse o responsável pela traição amorosa. Inclusive, durante o decorrer do processo foi realizado exame de DNA, tendo como resultado que seria seu próprio filho.
Fonte: Tangará AM