Santa Catarina oficializou nesta sexta-feira o início da colheita da safra 2020/2021 de arroz no dia de campo que comemorou também os 50 anos da cooperativa Cravil, em Rio do Sul. No evento, que teve a participação do secretário de Estado da Agricultura, Altair Silva, a Epagri, empresa de pesquisa e extensão rural, lançou a nova cultivar de arroz SCS 125, mais produtiva e resistente para produção em SC. A colheita também ajuda a aliviar o bolso do consumidor, com início da queda de preços do cereal, que estava em R$ 94 por saca em dezembro e já recuou para cerca de R$ 85 em fevereiro, uma redução de 10%.
Santa Catarina é o segundo maior produtor de arroz do país, atrás do Rio Grande do Sul. Na avaliação do secretário, o lançamento de uma nova cultivar de arroz mostra que o setor produtivo vem inovando, buscando novas tecnologias e aumentando a qualidade e produtividade das lavouras.
A expectativa é de que a safra do país traga os preços do arroz a patamares mais parecidos com os de abril do ano passado, quando uma saca custava em torno de R$ 50. Os preços superaram R$ 100 no final do ano devido às altas vendas no mercado interno, impulsionadas pelo auxílio emergencial, e pelas exportações favorecidas pelo dólar alto. Mas como a cotação da moeda americana segue alta e o Brasil não tem estoque regulador ideal de alimentos, existe o risco de preços altos de arroz e outros cereais também este ano.
Até pouco anos, Santa Catarina não exportava arroz. Agora, a atividade entrou na pauta. Segundo a Secretaria de Agricultura, em 2020 as vendas externas superaram 600% e chegaram a 48 mil toneladas, com receita de US$ 20 milhões. Os principais destinos foram países da África e América Central.
Para safra atual, produtores de Santa Catarina plantaram 7,9 mil hectares e a projeção é colher 1,18 milhão de toneladas
Fonte: Rádio Videira / NSC Total