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Operação Maserati une as forças de segurança do estado para desarticular facção criminosa em SC


O Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), em conjunto com as forças de segurança estaduais e federal (Polícia Civil, Polícia Militar, Polícia Rodoviária Federal, Instituto Geral de Perícia e Secretaria de Administração Prisional e Socioeducativa)  de seis estados deflagraram a megaoperação Maserati nesta quinta-feira (25), contra facção criminosa. 

Foram cumpridos 120 mandados de prisão e  142 de busca e apreensão em 45 cidades e em seis estados da Federação - São Paulo, Paraná,  Mato Grosso do  Sul, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. O Gaeco identificou que a facção criminosa tinha como objetivo primordial a expansão da atuação em Santa Catarina, com foco na região de fronteira entre as cidades de São Miguel do Oeste, Chapecó e Dionísio Cerqueira. Assim como na região de Joinville em razão da proximidade dos Portos de Santa Catarina e Paraná. 

No curso da Investigação foram presas em flagrante 24 pessoas  e foram apreendidos 706 kg de substâncias entorpecentes, quatro veículos e três armas de fogo. A Operação foi batizada de Maserati em alusão ao nome escolhido pela facção para identificar o estado de Santa Catarina. A facção criminosa dava nomes de carros aos estados. 

Participaram da megaoperação mais de 600 Policiais - Civis, Militares e Rodoviários Federais -, servidores do Instituto Geral de Perícias e Agentes do Departamento de Administração Prisional. 

Modus Operandi: expandir pelo interior até chegar ao litoral


A investigação, conduzida pelo Gaeco, teve duração de nove meses e revelou que a intenção da facção era expandir a sua atuação em Santa Catarina, tomar as cidades menores até chegar ao litoral para assim dominar o estado. Os focos iniciais de expansão do grupo seriam São Miguel do Oeste, Chapecó e Dionísio Cerqueira.

"O objetivo da facção era expandir a sua atuação em Santa Catarina e começar essa expansão nas cidades menores até chegar no litoral. O foco estava nas cidades do extremo oeste pela proximidade com o Paraguai e Argentina e em Joinville por conta da proximidade com os portos de Santa Catarina, Paraná e com a capital Florianópolis", afirmou a Coordenadora do Núcleo do Gaeco São Miguel do Oeste, promotora de Justiça Marcela de Jesus Boldori Fernandes.

Segundo a investigação, para gerir toda essa atividade criminosa, foram criados cargos e funções, tal qual uma empresa. Foram identificados 18 cargos, como, por exemplo, um específico para cadastros de potenciais faccionados, outro para gerir a venda de drogas e um para tratar de assuntos que envolviam todo o sistema prisional, entre outros.

"Na investigação, verificamos que em outros estados, onde a facção já atua há algum tempo, existem mais cargos. Aqui em Santa Catarina a estrutura ainda estava enxuta e ia crescendo conforme evoluíam os batismos", afirmou o Integrante do núcleo Gaeco São Miguel do Oeste, delegado Eduardo Mattos

No decorrer da investigação foram identificados e presos faccionados espalhados em diversas cidades dos estados da federação, mas que atuavam em Santa Catarina. Além da identificação dos faccionados, foram apurados onze homicídios, quatro tentativas de homicídio e diversos roubos.






Informações: MPSC