O governo de Santa Catarina não deve destinar recursos do Tesouro para custear obras rodoviárias federais no Estado. A posição foi externada nesta hoje pelo líder do MDB em plenário, quando o deputado Valdir Cobalchini disse que é a favor de cobrar apoio do governo federal para agilizar as duplicações das BRs 470 e 280, bem como de melhorias em outras estradas federais, mas entende que os recursos catarinenses devem ser exclusivos para o custeio de obras estaduais. “Nossa prioridade são as rodovias estaduais, muitas precisando de obras emergenciais”, avisou o parlamentar.
Nota da assessoria da bancada diz mais: “Valdir Cobalchini comunicou sua posição ao secretário da Infraestrutura Thiago Vieira em reunião matinal da Bancada do Oeste. A reação acontece depois de o governador Carlos Moisés adiantar a disposição em destinar R$ 200 milhões para as obras da BR-470. “Sou a favor de a Assembleia Legislativa promover uma grande mobilização, ir ao ministro da Infraestrutura Tarcísio de Freitas, que admiro muito, fazer um apelo em favor de um tratamento mais sério para as prioridades de Santa Catarina”, ele destacou. O deputado lembrou que a BR-470 é o principal acesso rodoviário aos portos de Itajaí e Navegantes, e a BR-280 para os portos de São Francisco do Sul e Itapoá. “Servem as regiões com maior importância econômica e densidade habitacional”, lembrou Cobalchini. “Essas rodovias devem ser prioridade do governo federal”.
O colega de bancada Moacir Sopelsa também se manifestou: “Compreendo a angústia do governador quando vê que as obras da BR-470, que iniciaram há 15 anos, não acontecem”, destacou. Ele entende a manifestação do governador Moisés como um gesto de boa vontade, mas também entende que Santa Catarina precisa utilizar seus recursos para obras estaduais. “A SC-283, que vai de Concórdia a Seara, depois Chapecó e segue para o extremo-oeste, é nossa segunda rodovia com maior conglomerado de indústrias alimentícias e precisa recuperação e investimentos urgentes”, exemplificou. Para Sopelsa, o governo federal precisa garantir mais retorno diante do que Santa Catarina arrecada.” (Moacir Pereira/ND+)