A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) instaurou um processo administrativo para apurar a tentativa do pouso de um helicóptero com adesivo da Havan próximo a um píer de uma pousada na praia Caixa D’Aço, em Porto Belo, Litoral Norte catarinense. Se constatada irregularidade, poderá haver aplicação de penalidades aos responsáveis pela operação.
O caso envolvendo a aeronave PT-HPL, de propriedade de uma empresa de serviços náuticos com operação de outra de serviços aéreos especializados, foi registado no sábado (20). O helicóptero tem adesivo da Havan, mas não pertence à empresa.
Um vídeo com imagens do helicóptero circulou nas redes sociais e mostra duas tentativas de pouso no píer. As manobras foram feitas próximo do mar e também de banhistas que estavam em caiaques e outras embarcações.
Na primeira tentativa de pouso, um homem tentou abrir a porta, mas o piloto desiste e decola novamente. Na segunda tentativa, a aeronave pousa novamente fora da estrutura do píer e chega a ficar inclinada.
Segundo o piloto José Viana, a aeronave não é dele e sim da empresa. Ele contou que tinha ido buscar o filho na pousada de um amigo, mas as rajadas de vento não permitiram o pouso no píer.
“O helicóptero deu uma inclinada, vamos dizer que não é normal, mas não foi nada assim tão grave, tanto que eu decolei com o helicóptero e fui para outro lugar”, disse.
Viana disse que já fez outros pousos no local em outras ocasiões e que as pessoas estavam afastadas e fora do raio do voo.
“Essa polêmica aí, se não tivesse o adesivo da Havan no helicóptero teria saído uns dois, três vídeos e acabou. O problema aí está no nome”, afirmou.
Por conta do episódio, a Havan emitiu uma nota e informou que não se trata de helicóptero da empresa, apesar da plotagem. Segundo a rede de lojas, trata-se de uma aeronave que usa o heliponto de propriedade da Havan e, em troca, usa o adesivo com a marca para fazer publicidade.
Outro caso
O mesmo helicóptero já foi alvo de investigação na Anac em 2019, quando o piloto Viana fez um show pirotécnico no réveillon sobrevoando a orla de Balneário Camboriú, minutos antes da virada de ano. A Superintendência de Ação Fiscal da Anac recebeu uma denúncia anônima, e entendeu que o registro da aeronave não permitiria esse tipo de atividade e a interditou.
De acordo com a Anac, o helicóptero está registrado na categoria privada, e por isso “não deveria estar sendo utilizado para prestar serviços aéreos, como o transporte remunerado de passageiros ou shows pirotécnicos”.
Com informações G1 SC