Um hábito não muito comum, mas que enche os olhos da professora Eliane Maria Muller da Silva de alegria. Ela, que tem 57 anos, possui mais de cinco mil canetas em casa, todas fruto de uma coleção que começou há algumas décadas.
O gosto por colecionar veio através dos pais e do irmão, que colecionavam cinzeiros e patinhos e bonés.
“Gostava de recortar e guardar figuras. Observava meu pai guardar seus objetos, cédulas e moedas antigas. Na adolescência tinha uma coleção de cinzeiros, que acabei doando. Minha mãe colecionava patinhos e meu irmão bonés. Meus filhos também desenvolveram o gosto pelas coleções”, conta a professora.
Eliane relembra que a ideia de colecionar esses objetos surgiu quando um aluno dela lhe presenteou com um estojo contendo canetas e lapiseiras, que e ele trouxe da Espanha, na década de 90.
“Atuo como professora desde 1982 e a caneta é nosso instrumento de trabalho. Recebo os alunos escrevendo somente a lápis e a introdução da caneta na escrita deles é motivo de festa. Comento com eles sobre a história da caneta e sua importância no nosso dia a dia”.
Algumas canetas diferentes que Eliane possui (Foto: Arquivo pessoal)
Modelos diferenciados
Eliane explica que todas as canetas dela vieram de doações. Ela disse que os maiores colaboradores são os alunos, demais professores, colegas de trabalho, amigos e familiares.
Até mesmo já recebeu canetas pelo correio, após fazer um pedido atrás de um e-mail para empresas solicitando o “brinde”.
“Muitos amigos e conhecidos quando viajam, me trazem canetas e assim minha coleção vai crescendo. Já sou conhecida na cidade como a ‘professora das canetas’”, revela.
Ao todo são 5.218 canetas. Uma diferente da outra. Deste número, 64 são internacionais, e são guardadas em uma grande caixa em sua residência.
Em meio a tantas opções, Eliane guarda separadamente canetas diferentes, chamativas e curiosas. São modelos em formato de isqueiro, seringa, régua, boneca, flamingo, osso, moinho, e da Coca-Cola que é o xodó da professora.
Eliane, além de colecionar, também faz trocas com demais colecionadores que conhece, através da internet e até pessoalmente. (Reportagem Oeste Mais)