O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou na terça-feira (12) que a inflação registrou alta de 4,52% no ano de 2020. De acordo com a entidade, este é o maior número desde 2016, quando chegou na marca de 6,29%. O percentual reflete diretamente no o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Em dezembro, o indicador acelerou para 1,35%, levando em consideração com o acumulado do ano. Esta é considerada a variação mais intensa desde fevereiro de 2002, quando a inflação chegou a 1,57%. Além disso, esta é a maior marca para o mês de dezembro, desde o ano de 2002, onde alcançou 2,10%.
Considera-se que o índice do ano está acima da meta definido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que era de 4,0%. Porém, mesmo assim, a quantia permanece dentro da margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para baixo (2,5%) ou para cima (5,5%).
Impacto aos consumidores
Em 2020, houve uma alta de 14,09% no preço dos produtos alimentícios. De acordo com o gerente da pesquisa, Pedro Kislanov, o crescimento, acontece por conta da demanda por esses produtos e a alta do dólar e dos preços das matérias-primas no mercado internacional.
De acordo com a pesquisa do IBGE, o preço do óleo de soja aumentou 103,79% e o arroz 76,01%. Também, produtos essenciais para a cesta das famílias passou por um grande aumento, entre eles: leite longa vida (26,93%), frutas (25,40%), carnes (17,97%), batata-inglesa (67,27%) e tomate (52,76%).
Além disso, a energia elétrica passou por um aumento de 9,14%. O aumento do dólar causou um maior preço nos eletrodomésticos, equipamentos e artigos de TV, som e informática.
A entidade firma que os produtos de alimentação e bebidas, habitação e artigos para casa correspondem a quase 84% da inflação.
Segundo o IBGE, alimentação e bebidas, habitação e artigos de residência responderam por quase 84% da inflação de 2020.
Informações: IBGE