A Polícia Civil concluiu a investigação da Operação “Pedra Angular” em torno de um esquema de pirâmide financeira que agia no Alto Vale e em algumas cidades do litoral catarinense. Sete pessoas foram indiciadas por organização criminosa, lavagem de dinheiro, estelionato e crime contra a economia popular.
O relatório final aponta para a existência de um esquema de pirâmide financeira que iniciou em Pouso Redondo, no início do ano de 2019, e se expandiu para outras cidades.
O grupo chegava a prometer rendimentos de até 480% sob a alegação de que o valor “investido” pelas vítimas seria utilizado para operar opções binárias, atividade não regulamentada no Brasil pela Comissão de Valores Mobiliários. Eles se aproveitavam do desconhecimento das pessoas acerca de operações no mercado financeiro para justificar a alta lucratividade
Conforme o inquérito, estas supostas operações com opções binárias nunca existiram. Os valores que o grupo utilizava para pagar os rendimentos prometidos eram provenientes de outras vítimas, num esquema de pirâmide financeira, onde as pessoas que estão na base dão sustentação para aquelas que estão no topo. Quando a entrada de novas vítimas acaba ou diminui drasticamente, a pirâmide perde a sustentação.
Bens bloqueados
Estima-se que eles tenham movimentado em menos de um ano em torno de R$ 70 milhões. No auge do negócio a empresa chegou a ter 1.700 clientes. Os suspeitos tiveram o sigilo de suas contas bancárias afastadas pelo Judiciário a pedido da Polícia Civil, além de diversos bens bloqueados, entre eles carros de luxo, terrenos e outros imóveis. O valor dos bens sequestrados ou bloqueados pela Justiça ultrapassa R$ 1 milhão.
Durante as investigações cerca de 200 pessoas procuraram a Polícia Civil e registraram Boletim de Ocorrência alegando terem sido vítimas do esquema.
Fonte: Michel Teixeira