Para ser fotógrafo não basta apenas saber apertar um botão, já diziam os sábios das lentes. Requer estudo, criatividade, paciência e também muito amor pelo que se faz.
Buscar o melhor ângulo, a melhor luz, o melhor enquadramento, faz com que as memórias sejam preservadas, e a vida de alguém seja guardava através de uma simples imagem que pode durar para sempre.
Hoje em dia, encontramos muitas pessoas apostando na fotografia e nos deparamos com um mercado bem grande ao nosso lado, com trabalhos de todas as cores, jeitos e formas.
Nesta sexta-feira, dia 8, é comemorado o Dia do Fotógrafo, e trouxemos quatro profissionais para falar sobre a profissão que escolheram com tanto carinho e que hoje as faz pessoas realizadas.
Giulia Sacchetti Ferreira, 22 anos
Giulia reside em Vargeão desde o seu nascimento. Ela se ausentou da cidade de criação apenas entre os anos de 2016 e 2018, quando se mudou para Barra do Garças (MT) para poder estudar.
A jovem empreendedora cursou Jornalismo por dois anos, mas precisou deixar o curso de lado por causa de sua gravidez, retornando à cidade de origem.
Ela aprendeu a fotografar na faculdade e desde então se apaixonou pela profissão. “Eu sempre gostei de fotografia e de rever fotos antigas, lembranças... Coisa que vem de família. O jornalismo deu um empurrãozinho também”, comentou.
Giuli passou a investir em cursos à distância desde que retornou à Vargeão em 2018. Com o filho Guilherme de modelo principal, passou a fotografá-lo todos os meses e abriu uma lista de clientes através dos acompanhamentos mensais de bebês e crianças.
Porém, mesmo conseguindo trabalhar nas horas vagas com os ensaios internos e externos, Giulia encontra algo desafiador na profissão: conciliar a fotografia com outro trabalho que tem, além da atenção e cuidado com o filho.
Conheça mais do trabalho de Giulia no Instagram.
Trabalho de Giulia Ferreira (Foto: Arquivo pessoal)
Juliana Mognol, 24 anos
Juliana também é vargeonense e reside no município há 15 anos. Sua estréia na fotografia também surgiu durante o curso de Jornalismo, em meados de 2014, quando na atividade de uma aula do curso, precisava levar a câmera para casa e fotografar.
Trabalhar como fotógrafa passou a instigá-la após um ensaio improvisado com uma amiga, mesmo não tendo muitos conhecimentos sobre edição, configuração de câmera e direcionamento.
“Foi naquele exato momento que minha paixão pela fotografia começou e eu percebi que era isso que eu queria para minha vida”, relembra.
Juliana, a partir dali, passou a realizar alguns ensaios de graça para poder aprender e ter mais experiências. Ao longo dos anos, ingressou em cursos de fotografia e hoje trabalha apenas como fotógrafa.
“A fotografia para mim é o ar que eu respiro. Eu posso estar no meu pior dia, mas quando estou fotografando, parece que vou para outra dimensão. É um caso de amor mesmo! A fotografia me transmite felicidade”, comenta.
A jovem acredita que a fotografia desperta sentimentos. Conforme ela, a saudade e a emoção de rever fotos em álbuns, relembrar o passado, pode trazer nostalgia e alegria.
“Quem nunca começou a olhar fotos antigas e quando percebeu estava sorrindo revendo algum momento? Ou, quando a família se reúne para olhar os álbuns de fotos e a partir delas surgem inúmeras lembranças. Lembro de fazermos muito isso na casa dos meus avós e são momentos maravilhosos que a fotografia nos proporciona”.
Juliana também acredita que através da fotografia pode elevar a autoestima das pessoas, fazendo com que elas se vejam da forma que são realmente e que as ajuda de alguma forma a se encontrar.
“Vivemos em um mundo muito perfeccionista, onde as pessoas cada vez mais buscam essa “perfeição” para si e quando elas não conseguem, ou não se sentem dentro dos padrões, acabam se sentindo frustradas e passam a não enxergar o quanto são bonitas e perfeitas do seu jeito. A fotografia mostra isso para elas, faz elas perceberem o quanto são incríveis! Não tem nada mais gratificante do que quando vou entregar um trabalho para um cliente e ele olha e se acha lindo (a) e imponderado (a). São por esses e outros milhares de motivos que sou cada dia mais apaixonada pelo meu trabalho”, finaliza.
Valéria Catarina de Souza, 22 anos
Valéria é ponteserradense e viveu toda a vida no município. A fotografia chegou em sua vida ainda quando muito nova. Segundo ela, a fotografia é uma paixão antiga, onde através de um celular, já andava registrando paisagens e a natureza, além dos eventos de família.
Ao terminar o ensino médio, ela buscava por uma faculdade de fotografia, porém, como não encontrou nada na região, ingressou no curso de Direito, o finalizando em 2019.
Apesar de estar em um curso totalmente diferente, o sonho de ser fotógrafa nunca morreu na vida de Valéria, e a família dela sabia disso. “De presente de formatura meu familiares pretendiam me ajudar a comprar uma câmera pra eu poder seguir meu sonho, mas então veio a pandemia, e nem formatura teve. Esperei mais uns meses e foi então em setembro de 2020 que compramos minha câmera”, comenta.
A partir desse momento, Valéria passou a investir em cursos de fotografia e criou uma conta no Instagram para divulgar o seu trabalho.
“Só venho crescendo no meu negócio, nem nos meus maiores sonhos imaginaria que seria tão perfeito assim, sou grata demais pelos resultados que venho obtendo e pelo apoio recebido de minha família de meus amigos e especialmente de meu namorado”, comemora.
Para Valéria, a fotografia transmite o transbordar do amor, da cumplicidade e do cuidado, além de eternizar momentos que não voltarão mais. “Em meu perfil eu posto vários vídeos mostrando o quanto a fotografia pode mudar vidas, o quanto importante é fotografar para poder se ver em uma versão diferente e ver o quanto cada pessoa é única, linda e preciosa”, explica ela, que acredita mudar a vida das pessoas com a câmera que carrega.
Conheça mais do trabalho de Valéria pelo Instagram.
Valéria Chinato Ribeiro, 25 anos
A jovem ponteserradense reside em Curitiba (PR) há três anos. Valéria já estava inserida na profissão ainda muito nova, quando seus avós - Rosalina Molinari e Antenor Molinari - trabalhavam com fotografia. O amor passou de geração para geração, e cada vez que ela olhava os álbuns da época, mais vontade sentia de aprender tudo e começar o próprio negócio.
Valéria estudava em outro curso quando resolveu que queria seguir mesmo com a fotografia. Antes mesmo de trancar o curso antigo, já procurava por outros que oferecessem as aulas tão sonhadas.
Ela ingressou no curso tecnólogo em Fotografia, na Universidade Tuiuti do Paraná e, desde então, nunca mais abandonou.
“A meu ver, a fotografia é uma área em que você aprende algo novo todos os dias, em cada ensaio fotográfico percebo que me encanto ainda mais por essa área. Comecei a fazer ensaios fotográficos, desde o primeiro período do curso de fotografia e atualmente continuo atuando neste ramo”, disse.
“A fotografia transmite a vida”. Foi assim que ela descreveu a profissão que hoje a completa.
“Para mim, ela é um convite para conhecer novas pessoas, novos lugares e a possibilidade de ter uma nova vida. Também, ela pode contribuir em muitas coisas, por exemplo, me lembro de quando uma pessoa conhecida perdeu algo importante enquanto caminhava na natureza, era um lugar grande e difícil de encontrar tal objeto. Então, ela estava revendo as fotos que tirou deste local e conseguiu reencontrar seu objeto perdido. Ou mesmo pessoas que você jamais conheceria se não fosse por meio de uma imagem, enfim, a meu ver teriam vários exemplos para ser citado aqui para demonstrar o porquê eu acredito muito na magia e no poder da fotografia", finaliza.
Conheça mais do trabalho de Valéria pelo Instagram.
Confira abaixo ensaios feitos por Valéria:
Fonte: Oeste Mais - Kiane Berté