De acordo com a adolescente, que fez contato com o Jornalismo da Aliança para alertar outras famílias, tudo começou quando suas contas nas redes sociais foram hackeadas, no dia 26 de dezembro. “Hackearam o WhatsApp, o Facebook e o Instagram. O Whats foi recuperado e depois disso, na segunda-feira, já começaram a chamar. Diziam que tinham visto fotos minhas e uma agência de modelo de Londres havia se interessado. Pediam fotos sensuais, de roupa íntima, estilo modelo”, conta ela. “Nunca passei fotos pra ninguém, então imagino que tenham visto nas das redes sociais, mas não há nenhuma lá com roupa íntima”, detalha.
A menina também conta que não passou nenhuma foto e não acreditou na conversa, mas ressalta que os estelionatários insistiram. “Eles diziam que se eu mandasse fotos e elas fossem aprovadas, eu poderia fechar contratos de trabalho com valores que iam de R$ 15 a 200 mil. Também falavam que era uma oportunidade única e até apresentavam links com nomes de agências e falsos empresários”, relata.
Família assustada:
A adolescente também relatou ao Jornalismo da Aliança que várias contas Fake adicionaram integrantes da família dela nas redes sociais. Ela registra ainda, que uma chamada de vídeo foi feita e que ao atender, ela percebeu que do “outro lado da linha” estava um homem sem roupa. Outro fato que chamou a atenção da menina, é que os falsos agenciadores apagaram parte das conversas ao notarem que ela não passaria nenhuma foto. Antes disso eles citaram o endereço dela e dados pessoas, para mostrar que tinham informações sobre a vida dela e de familiares.
Crime:
De acordo com a Polícia Civil, o ato de solicitar imagens íntimas à menores é crime e o solicitante pode ter penas diferentes, dependendo do que ele fazer com o material. Se vender ou repassar fotos ou vídeos, a pena é de 3 a 6 anos de reclusão. Se a intenção for satisfação pessoal da pessoa que solicitou, a pena é de 1 a 3 anos. Mesmo que solicite e não receba as imagens, o autor já comete crime contra o Estatuto da Criança e do Adolescente e pode ter pena de 3 a 6 anos de reclusão. (Informações Rádio Aliança)