Neste domingo (17), A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o uso emergencial das vacinas Coronavac e a de Oxford. A autorização aconteceu, após a recomendação da área técnica da própria agência, em reunião extraordinária, em Brasília, que analisou os pedidos de autorização temporária de uso emergencial das duas vacinas contra a Covid-19.
Estavam na pauta da Anvisa os processos do imunizante Coronavac, fabricado e desenvolvido pelo Instituto Butantan, em conjunto com a farmacêutica chinesa Sinovac; e o da vacina da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), desenvolvida pela Universidade de Oxford, na Inglaterra, em parceria com o laboratório AstraZeneca.
Por volta das 14h45 deste domingo, a diretoria Anvisa formou maioria de votos a favor do uso emergencial das vacinas Coronavac e da Universidade de Oxford contra a Covid-19. Dos cinco diretores, três já votaram a favor Outros dois diretores ainda apresentarão seus votos.
Acompanhamento
Segundo a área técnica da Anvisa, apesar da aprovação do uso emergencial da CoronaVac, existem incertezas que deverão ser acompanhadas de perto pelo órgão. Os técnicos destacaram a duração da imunização, efeitos em idosos e em grupos específicos e eficácia em pessoas que tiveram a doença. A Anvisa também informou que aguarda as informações sobre os anticorpos gerados na Fase 3 do estudo.
Assim como no caso da CoronaVac, os técnicos da Anvisa recomendaram o monitoramento de incertezas e a reavaliação periódica da vacina de Oxford. O gerente de Medicamentos da Anvisa, Gustavo Mendes, citou duas incertezas que precisarão de acompanhamento: baixo número de idosos testados e diferenças entre o banco de semente de vírus da AstraZeneca e do Instituto Serum, laboratório da Índia.