Além do pedido de reserva de 7 mil vacinas de Oxford enviado à Fiocruz, o Supremo Tribunal Federal (STF) pediu o mesmo privilégio ao Instituto Butantan, desenvolvedor da CoronaVac. As solicitações foram assinadas pelo diretor-geral do Supremo Tribunal Federal (STF), Edmundo Veras, e enviadas no dia 30 de novembro.
– Ante o exposto, considerando se tratar de um produto novo e ainda não autorizado pela Anvisa, gostaria de verificar a possibilidade de reserva de doses da vacina contra o novo coronavírus para atender a demanda de 7.000 (sete mil) pessoas – consta no documento.
Os argumentos utilizados no ofício se fundamentam em dois pontos: o de que os trabalhadores da instituição desempenhariam papel fundamental para o país, e que muitos deles fariam parte do grupo de risco. O próprio presidente da Corte, Luiz Fux, que nega ter conhecimento das solicitações, já havia defendido a ideia em entrevista à TV Justiça, externando a sua preocupação em proteger o funcionamento dos Três Poderes do Estado, compostos por, nas palavras dele, “homens e mulheres que já têm uma certa maturidade”.
Na segunda-feira (28), Fux exonerou o secretário de serviços integrados de saúde, Marco Polo Dias Freitas, apontado por ele como responsável pela solicitação. Entretanto, de acordo com a Folha de São Paulo, Marco Polo afirmou nesta terça-feira (29) que seus superiores sabiam do documento.
Quando procurado pela imprensa, o STF optou por não se pronunciar sobre o assunto.
Fonte: Michel Teixeira