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Saiba mais sobre o Pix, a nova forma de pagamentos lançada pelo Banco Central


Banco Central do Brasil lançou o Pix, um sistema de pagamento e transferências instantâneo. Com o serviço, toda a população pode realizar transações de uma conta para outra em poucos segundos, 24 horas por dia, nos sete dias da semana, inclusive entre contas de diferentes instituições.

Com o Pix também é possível realizar compras e pagar lojistas imediatamente por meio do celular via QR Code, sem precisar de dinheiro, cartão de crédito ou boleto.

O Pix não é um aplicativo. Ele é um meio de pagamento que disponibilizado pelas instituições financeiras por meio dos seus canais de acesso através do celular.

Dados publicados em 2019  pelo Banco Central do Brasil mostram que as transações feitas por celular cresceram 21% nos anos de 2016 e 2017.

Como usar o Pix

Para acessar o Pix é necessário que a pessoa possua o aplicativo da instituição na qual tem conta e tenha registrado uma “chaves Pix” – apelido de identificação para as informações cadastradas.

Existem quatro tipos de chaves Pix: CPF/CNPJ, e-mail, número de celular  ou uma chave aleatória, constituída por um conjunto de números, letras e símbolos gerados aleatoriamente para quem não quer preservar os dados.

A chave vinculada identifica a conta transacional do cliente (identificação da instituição financeira ou de pagamento, número da agência, número da conta e tipo de conta). Cada cliente pessoa física pode ter até cinco chaves para cada conta do qual forem titular, enquanto pessoa jurídica pode ter até 20 chaves.

Por exemplo, quando o usuário for fazer uma transferência ele solicitará somente uma das chaves, então vai acessar o sistema dentro do aplicativo do banco definir se é um pagamento ou recebimento, inserir a chave e logo depois a transferência será realizada ou pagamento será realizado.

Assim como o TED (Transferência Eletrônica Disponível)  e o DOC (Documento de Ordem de Crédito),o Pix é mais uma opção disponível a população. O seu diferencial é que não é necessário saber onde a outra pessoa possui conta. Além disso a disponibilidade em receber ou fazer um Pix não possui limitação, já que pode ser realizado  a qualquer dia e hora da semana, inclusive feriados e finais de semana.

Um outro diferencial do Pix para os meios atuais é que não há cobrança de taxa para recebimento ou realização de transações para  pessoas físicas e microempreendedores individuais (MEIs) e empresários individuais.

A segurança das transações e dos pagamentos é garantida por segurança de criptografia na Rede do Sistema Financeiro Nacional, que é uma rede de dados operada pelo Banco Central. Além disso possui protocolo de segurança cibernética, motores antifraude e também  mecanismos de proteção que impedem varreduras das informações pessoais.

Cooperativas são maioria na oferta do serviço

Apesar dos bancos divulgarem mais o serviço, 85% dos órgãos financeiros que oferecem o pagamento por meio do PIX são cooperativas de crédito. Os números mostram que são 610 cooperativas que oferecem o serviço, 54 bancos, 47 instituições de pagamento e 6 fintechs.

Aline Pires, que trabalha no Sicoob Advocacia, a cooperativa de crédito específica para os advogados diz que a adesão dos cooperados ao PIX foi alta nos primeiros dias e destaca a praticidade do sistema “Pode ser feito durante 7 dias da semana, 24 horas por dia também nos feriados e fins de semana”.

A economia que o PIX proporciona é outro motivo para a forte adesão. Não há cobrança para a transferência de valores. “Ele é mais barato e ajuda também bastante os micro e pequenos empresários. Que a princípio a pessoa física não tem cobrança, a pessoa jurídica poderá haver cobrança. Banco Central deu 90 dias para as instituições financeiras avaliarem”.

“É tudo online né. Então hoje tu consegue fazer uma transferência em até 10 segundos. Sem custo algum. É muito seguro. E ele veio principalmente para agilizar e pra gente não ficar refém dos bancos”, diz Aline.

Conforme o Banco Central, além de oferecer segurança, agilidade e economia, o PIX alimenta a concorrência entre as instituições do sistema financeiro nacional, o que deve impactar nas taxas e na qualidade da oferta dos serviços. (ND Mais)