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Mortes de macacos na região acendem alerta para febre amarela


Constantes registro de mortes de macacos em cidades da Amai acenderam o alerta quanto ao risco de transmissão de febre amarela na região. De acordo com a Regional de Saúde de Xanxerê, o maior número de casos ocorreu em Abelardo Luz, onde cerca de 10 primatas morreram nos últimos 30 dias. Também foi registrado um caso em Vargeão e, mais recentemente, dois em Passos Maia, notificados na última segunda-feira (14).

Segundo a bióloga da Regional de Saúde de Xanxerê, Elizandra Schoenardie, na maioria das vezes não é possível coletar o material necessário para análise. Dos casos registrados no último mês, foi possível conseguir a coleta apenas de dois animais encontrados mortos em Abelardo Luz, dos quais aguarda-se o resultado. Há ainda registros de macacos encontrados mortos e uma confirmação da doença em uma região do Paraná que faz divisa com o município catarinense, o que aumenta a preocupação.

– Nós solicitamos ao Ministério da Saúde para agilizar esses resultados, principalmente esses de Abelardo Luz, porque como está havendo um grande número de epizootia, a gente acredita que esses macacos estão morrendo de febre amarela. Eles são sentinelas para nós, como eles vivem na região de mata, onde está o mosquito transmissor da febre amarela silvestre, eles são os primeiros a morrer. Quando começa a morrer bastante macaco na mesma região, a possibilidade de que seja febre amarela é grande – destaca a bióloga.

Em Xanxerê, o último registro de morte de macaco foi no primeiro semestre de 2020, mas nesse caso não foi possível coletar material para exame.

(Foto: Regional de Saúde de Xanxerê)

O que fazer quando encontrar um macaco morto

Os macacos não são os responsáveis pela proliferação do vírus da febre amarela, e sim os mosquitos transmissores. Os primatas são as primeiras vítimas da doença quando há presença de insetos infectados com o vírus na região, por viverem na mata. Por isso, quando forem identificadas mortes de primatas é preciso informar aos órgãos de saúde, para que sejam feitos exames ou pelo menos para que haja o mapeamento dessas ocorrências.

– A gente tem até 24 horas após a morte para coletar as vísceras do animal e encaminhar para análise no laboratório de referência. Na maioria das vezes o macaco é encontrado já em estado de putrefação, o que impossibilita a coleta do material. Mas, mesmo que não seja possível coletar, é importante saber onde estão ocorrendo as mortes – comenta a bióloga.

A população pode procurar os postos de saúde ou até mesmo as agentes de saúde, que irão transmitir a informação à Vigilância Epidemiológica do Município, que irá notifica à Regional de Saúde.

Vacinação

A vacina contra a febre amarela faz parte do calendário de vacinação e é disponibilizada a toda a população de forma gratuita. Em caso e dúvida se já foi ou não vacinado, basta procurar uma Unidade Básica de Saúde, levando sua carteira de vacinação, para que os profissionais analisem e realizem a aplicação, se necessário.  (Tudo Sobre Xanxerê)