O juiz Flávio Luís Dell'Antônio, titular da comarca de Tangará, decretou a prisão de um homem acusado de chefiar uma organização criminosa destinada à prática de crimes de corrupção ativa, corrupção ativa e inserção de dados falsos nas plataformas de informações do Sistema Único de Saúde (SUS).
Além dele, há outros 26 réus, entre médicos, empresários, políticos, agentes públicos e pacientes, de diversas cidades de Santa Catarina, acusados de participar do esquema de fura-fila.
Os crimes, conforme denúncia, iniciaram em 2017, com a participação da companheira, os colaboradores da empresa dela, uma prestadora de assessoramento em saúde, uma secretária municipal de saúde e médicos credenciados ao SUS.
Eles captavam tanto pacientes que aguardavam na fila do sistema de saúde por uma cirurgia eletiva quanto outros que sequer passaram pelo atendimento público, mas tinham interesse em pagar para serem atendidos na frente dos demais.
Na prestação de serviços às secretarias municipais, os denunciados tinham acesso as informações médicas e dados dos pacientes. Além disso, atraiam outros agentes púbicos a participar do esquema. Geralmente, os pacientes estavam em processos de tratamento fora do domicílio (TFD). Eles eram encaminhados para o setor de emergência dos hospitais nos dias e horários em que os médicos participantes do esquema trabalhavam.
O réu cuidava de todas as tratativas, desde obtenção dos documentos nos municípios, agendamento de horários nos consultórios dos médicos para que os pagamentos indevidos ocorressem, e até a orientação aos pacientes para entrar em cadeira de rodas e não dizer que eram de outros municípios.
Fonte: Oeste Mais