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Com rápida recuperação econômica, Chile e SC podem aumentar comércio bilateral


A rápida recuperação das economias de Santa Catarina e do Chile, mesmo durante a pandemia, pode ser um fator determinante para que o estado aumente sua corrente de negócios com aquele país da costa pacífica da América do Sul. As oportunidades de comércio e intercâmbio entre os dois territórios foram discutidas nesta segunda-feira, dia 30, durante webinar, da série Desvendando Mercados, promovido pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), com a presença do embaixador do Chile no Brasil, Fernando Schmidt, e de representantes de órgãos de promoção comercial do Chile e do Brasil.
O presidente da entidade, Mario Cezar de Aguiar, afirmou que a Federação das Indústrias tem um grande desejo de aumentar as relações comerciais com o Chile e observou que Santa Catarina tem se recuperado rapidamente dos impactos da pandemia na área econômica. Entre os indicadores econômicos que citou, Aguiar observou que o índice de confiança do industrial já retornou aos patamares pré-pandemia e a intenção de investir das empresas do setor já aproxima de 74%. “Pela diversidade e riqueza do Chile e pela potencialidade das indústrias de Santa Catarina temos condições de ampliar as negociações que mantemos atualmente”, afirmou Aguiar. Em sua apresentação, ele ponderou que, de janeiro a outubro de 2020, o Chile foi o sexto maior destino dos produtos catarinenses. Nesse período, Santa Catarina exportou o equivalente a 240 milhões de dólares, sendo que os principais produtos vendidos foram carnes suína e de aves, transformadores, motores e geradores elétricos. Por outro lado, é o quarto maior exportador para Santa Catarina, com o saldo de 1 bilhão de dólares. Os principais produtos desta via do fluxo comercial são cobre, peixes, minério de molibdênio e vinho.

O embaixador Fernando Schmidt salientou que o “Chile está com previsão de crescimento econômico de 5% em 2021, com inflação de 2,3% e uma baixa constante dos índices de desemprego; é um cálculo conservador, feito para a elaboração do orçamento”. Segundo ele, a pandemia deixou muitas sequelas e o país ainda não recuperou a totalidade dos empregos. “Não temos o temor de que 2021 seja mais um ano perdido”, destacou. Para ele, as economias chilena e catarinense têm muitas complementaridades. Ele citou o exemplo da carne suína, que poderia ser transformada no Chile, para chegar aos mercados asiático e australiano com tarifa zero.

Maria Teresa Bustamante (presidente da Câmara de Comércio Exterior) e João Leite (chefe do Setor de Promoção Comercial da Embaixada do Brasil em Santiago), Salvatore Di-Giovanni (chefe da Unidade de Promoção de Investimentos do InvestChile, Maria Julia Riquelme (diretora Comercial do ProChile no Brasil, Fernanda Franco (representante Comercial do ProChile em Belo Horizonte) também participaram do evento.



Fonte: Michel Teixeira