A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) teria apontado um considerável número de pontos fora dos padrões exigidos no Brasil após a inspeção feita na semana passada na fábrica da Sinovac, na China, que está produzindo a vacina CoronaVac, de acordo com o site da revista Veja.
As falhas, segundo a revista, seriam em sua maioria questões menores, mas existem pontos de maior relevância que precisam ser corrigidos para que a CoronaVac obtenha a certificação no Brasil.
O Instituto Butantan, ligado ao governo paulista, está testando no país a CoronaVac e será responsável pela produção local do imunizante. Mesmo antes do registro na Anvisa, o governador do Estado, João Doria, já anunciou a vacinação contra Covid-19 em São Paulo a partir do dia 25 de janeiro e ainda quer emplacar a vacina no plano nacional de imunizações, apesar das resistências públicas do presidente Jair Bolsonaro, seu adversário político, à adoção da vacina chinesa.
O Ministério da Saúde tem dito que todas as vacinas, desde que registradas pela Anvisa, poderão ser incorporadas ao plano.
Em nota, a Anvisa não confirmou o teor da informação publicada pela Veja.
“Na reunião de encerramento da inspeção técnica da Anvisa, é realizado um fechamento dos trabalhos, citando os achados da inspeção. A comunicação é feita com o Instituto Butantan nos termos formais do processo de inspeção. O tema é prioridade para Anvisa, estamos atuando focados para favorecer o acesso às vacinas da Covid-19. Por fim, não confirmamos o exposto na reportagem. Reconhecemos, apenas, os canais de informações formais com o Instituto Butantan”, afirmou.
O Butantan, também em nota, não deu detalhes da comunicação com o Butantan e disse que acompanhou a auditoria da Anvisa na fábrica da Sinovac. O instituto disse que “seguirá em contato com o órgão de controle visando ao rápido registro da vacina no país”.
“Inspeções como a ocorrida na última semana são praxe na indústria farmacêutica e têm como finalidade atestar as boas práticas de fabricação”, afirmou. (EXAME) - (Foto: Thomas Peter/Reuters)