Incentivada por profissionais da saúde, a vargeonense Daniela dos Santos Bazzi amamenta seus dois filhos, de um e dois anos de idade. Durante a gestação e mesmo após o nascimento de Antônio, o filho mais novo, Daniela nunca parou de amamentar Joaquim no peito, hoje com dois anos.
“Faço acompanhamento no Posto de Saúde de Vargeão, tanto pré-natal, vacinas e consultas com a pediatra sempre fiz no posto”, comenta a mãe. “A equipe toda de saúde é muito atenciosa. Os médicos sempre me incentivaram a continuar com a amamentação, principalmente a Dra. Clarethe e a enfermeira Siri que contribuíram muito, criando um ambiente positivo para a amamentação. Isso me motivou para continuar”, explica.
A mulher de 24 anos relatou à profissionais da Saúde que decidiu continuar amamentando porque ser mãe era um sonho. O sonho do primeiro filho se concretizou dois meses após sofrer um aborto.
"Segundo o médico seria difícil conseguir engravidar novamente pois era muito recente. Então não quis abrir mão dessa experiência maravilhosa", explicou ela. "Por não ter intercorrências na gravidez, consegui conciliar bem a amamentação durante toda a gestação e também porque senti que o Joaquim [filho mais velho] não estava pronto para o desmame e nem eu estava preparada", contou.
Daniela relata que as pessoas ficaram espantadas quando a viam amamentar as duas crianças de uma só vez, recebendo inclusive, muitas críticas e informações inadequadas como, por exemplo,
"que o Antônio não iria ter leite suficiente quando Joaquim mamasse junto, que Joaquim estava "roubando" os nutrientes do caçula. Até me aconselhavam a passar algo no seio para o mais velho ficar com nojo e assim acabar deixando o peito".
Apesar disso, a mãe de segunda viagem conta que o apoio da família era dividido, onde alguns apoiavam e outros não.
"Até nossas avós comentavam que nunca haviam visto uma gestante amamentar até o final da gravidez. A maioria dá um intervalo voltando a amamentação depois do nascimento do segundo filho".
Os pequenos costumam mamar em horários diferentes, conforme a mãe, mas há um ciúme do filho mais velho ao ver o caçula mamar. Desse jeito, os meninos acabam mamando ao mesmo tempo algumas vezes.
Daniela afirmou que a situação não atrapalhou de nenhum forma o crescimento e desenvolvimento dos irmãos.
"Até nos surpreendeu, pois, o Antônio chegou a ganhar 52 gramas por dia no primeiro e segundo mês, sendo que a média de ganho de peso por dia de um bebê é 20 a 30 gramas. Assim ele estava ganhado quase o dobro. Hoje ele está com três meses e ainda está acima da média com 33 gramas ao dia", comentou. "O leite materno é sem dúvida a melhor escolha de uma mãe alimentar seu filho. Considero um presente a eles, pois, estou dando a oportunidade de crescerem e se alimentarem juntos", finalizou.
Fonte: Oeste Mais