O Governo de Santa Catarina descartou a possibilidade de regras sanitárias mais rígidas, como o lockdown, para conter o avanço do coronavírus no Estado. As prefeituras de Florianópolis, Blumenau e Joinville também manifestaram que adotaram outras medidas, principalmente, de conscientização da sociedade.
No início deste mês, ao responder um questionamento de um seguidor, por uma rede social, a governadora interina, Daniela Reinerh (sem partido), disse não apoiar um lockdown.
No dia 17 de março, logo no início da pandemia, Santa Catarina decretou situação de emergência devido a doença e suspendeu o transporte coletivo, além de proibir o funcionamento de comércio, academias e restaurantes.
Segundo o secretário de Estado de Saúde, André Motta Ribeiro, o atual momento é de conscientização da população para cumprimento das regras sanitárias.
“Um dos pilares desse enfrentamento é justamente o reforço das campanhas de orientação e de educação da população. Nós precisamos do envolvimento de todos, da imprensa, do setor privado e dos gestores públicos estaduais e municipais”, disse.
“As pessoas precisam entender que as regras sanitárias postas lá no início do enfrentamento, em março, que é o uso de máscara, distanciamento, lavagem de mãos, ambientes arejados, limpeza de superfícies, são medidas eficazes e eficientes para contenção do vírus. Eu entendo a dificuldade porque é muito tempo de enfrentamento à pandemia, mas as festas domiciliares com 40 pessoas sem uso de máscara e distanciamento acaba espalhando o vírus”, afirmou.
Ele destacou que o Governo do Estado busca ampliar a fiscalização e trabalha em conjunto com o Grupo de Acidentes e Catástrofes (GRAC) e com órgãos de segurança e vigilância pública estadual e municipal.
A Secretaria de Saúde deverá implantar o projeto Vigia Covid, com orientação à população sobre qual órgão deve ser contatado caso identifique atitudes que descumpram os regramentos sanitários.
Lockdown está descartado nas principais cidades
O secretário municipal de Saúde de Florianópolis, Carlos Alberto Justo da Silva, conhecido como Dr. Paraná, compactua da mesma opinião do colega de pasta estadual e rejeitou a hipótese de um fechamento total das atividades na capital catarinense para conter a aceleração da doença.
“Não estamos pensando em lockdown. Estamos pensando é fazer com que as pessoas obedeçam os protocolos já existentes”, explicou.
Dr. Paraná enfatizou que as pessoas que cumprem as medidas sanitárias não podem ser punidas em detrimento daquelas que descumprem.
“O lockdown tem um problema, você não pode punir pessoas que estão cumprindo os protocolos adequadamente e serem prejudicadas por aqueles que não estão cumprindo”, disse o secretário, ao lembrar que a prefeitura vai atuar, mais fortemente, na fiscalização “para aqueles que não estão cumpridos sejam cobrados com punições e com multas”.
Fonte: NDMAIS