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Adolescente dribla a surdez e sonha em ser jogadora de futebol

Kimberlyn Marafon tem 18 anos e venceu a leucemia e a meningite ainda quando criança


Dentro de um esporte feito de muitos sons, onde o árbitro apita o tempo todo, o técnico fala num tom mais alto, e a torcida grita com emoção durante as partidas, Kymberlyn Marafon, de 18 anos, que não escuta, não vê barreiras para continuar jogando futebol.

Muito talentosa, a jovem ponteserradense sempre foi apaixonada pelo esporte desde criança. Porém, ela possui uma característica que outros não têm.

Apesar de ter um talento grandioso, a menina passou por dificuldades ainda quando criança. Aos oito meses, quando morava com os pais e os três irmãos em Curitiba (PR), Kimberlyn foi diagnosticada com leucemia, o que preocupou muito a família. O tratamento dela durou cerca de cinco anos, conforme a mãe Romacilda Marafon.

Kimberlyn aos oito meses de idade no hospital (Foto: Arquivo pessoal)

Foram cinco anos de muita luta, oração, e torcida para que ela vencesse a competição pela vida. Segundo a mãe da menina, durante o tratamento da leucemia, Kimberlyn acabou contraindo a meningite bacteriana, o que a fez perder a audição.

A luta pela vida passou a ser diária, onde a preocupação era cada vez maior. Mesmo não ouvindo, a menina lutou muito e acabou vencendo a doença.

O sonho de ser jogadora de futebol esteve sempre vivo dentro da jovem. Mesmo com os problemas que estava enfrentando, o pai dela – hoje falecido – a incentivou bastante, levando-a para jogos e aos campos para poder praticar o esporte.

“Ela também jogava no colégio, mas agora, como ela ficou de maior, não pode participar mais”, comenta a mãe, que reside com a família a sete anos no bairro Cohab.

Kimberlyn e o pai já falecido (Foto: Arquivo pessoal)

Após a perda do pai, há sete anos, Kimberlyn voltou a sofrer, mas de saudade. Romacilda relata que a menina se sentiu desolada sem a figura paterna e que quase sempre relembra momentos que passou com ele, além de postar mensagens e fotos nas redes sociais.

Kimberlyn não fala e não houve, e hoje em dia se comunica somente por livras, mas ainda se mantém de pé no esporte, que exige apenas habilidade com os pés, o que ela tem de sobra.

Família da jovem (Foto: Arquivo pessoal)

Através das fotos de Kimberlyn, percebe-se o sorriso dela enquanto corre atrás de uma bola de futebol. Somente pelas imagens, nem precisa de palavras para descrever o quanto o esporte foi importante para Kimberlyn superar a barreira do silencio.

"Tenho muita gratidão a Deus por ter curado ela da leucemia, e ser a moça que ela se tornou hoje, estudiosa, uma pessoa de bem. Só tenho a agradecer a Deus por tudo o que fez na minha vida, por tudo o que a gente batalhou. Foram cinco anos de luta, uma luta travada, não foi fácil, o sofrimento era grande mas Deus nunca nos abandonou", comentou Romacilda.

A jovem mantém o sonho de ser jogadora, vivo. Por isso, a família da menina pede apoio da comunidade para torná-lo realidade. Para quem quiser entrar em contato com a família, Romacilda deixa o telefone pessoal: (49) 9 9944-6278.




Fonte: Oeste Mais