Associação Pai Eterno e Perpétuo Socorro é alvo de investigação do Ministério Público de Goiás por supostos desvios de dinheiro
Na tarde deste domingo, 23 de agosto, o arcebispo de Goiânia, Dom Washington Cruz, emitiu um decreto de suspensão cautelar do exercício ministerial do Pe. Robson de Oliveira, sacerdote redentorista que está sendo investigado pelo Ministério Público de Goiás por suposto esquema de desvio de dinheiro na Associação Pai Eterno e Perpétuo Socorro, fundada e dirigida por ele na cidade goiana de Trindade.
Em decorrência do decreto, o sacerdote não poderá exercer os ofícios ministeriais na arquidiocese de Goiânia. O documento reforça que esta medida foi tomada em prol da tutela dos fiéis e da imparcialidade das investigações.
A Congregação do Santíssimo Redentor, à qual pertence o Pe. Robson, também o proibiu provisoriamente de usar o hábito e fazer programas de rádio, TV ou internet, visando restabelecer a boa fama do sacerdote e evitar escândalo na Igreja.
As medidas não significam uma condenação, mas um gesto de prudência e colaboração com o processo investigativo. Tanto o Pe. Robson quanto a arquidiocese e a congregação se manifestaram confiantes em que as acusações serão esclarecidas.
O próprio Pe. Robson se pronunciou a respeito das investigações no final da tarde deste sábado. Confira as suas palavras aqui:
+ Pe. Robson fala sobre investigações de desvio de dinheiro
Nota da Arquidiocese de Goiânia
Antes da suspensão do sacerdote, a Arquidiocese de Goiânia já tinha se pronunciado oficialmente sobre a operação do Ministério Público de Goiás mediante nota assinada pelo arcebispo Dom Washington Cruz. Confira a íntegra da nota:
“O Ministério Público do Estado de Goiás deflagrou uma operação com foco em atividades e movimentações financeiras da AFIPE – Associação Pai Eterno e Perpétuo Socorro, ligada à Basílica do Divino Pai Eterno, de Trindade (GO), buscando esclarecer supostas irregularidades na condução da Associação, que, em tese, poderiam caracterizar crimes de associação criminosa, apropriação indébita, lavagem de capitais, falsificação de documentos e sonegação fiscal.
Trata-se, na verdade, de meias conclusões apressadas, ainda que de direito do MP, em torno de doações com finalidades específicas e que, dentro da normalidade legal, tiveram aplicações diversas para conservar seu poder aquisitivo, em função de investimentos futuros que estavam, há muito, sendo cuidadosamente planejados, e que, no ano passado, redundaram na aquisição da TV Pai Eterno, braço maior da tarefa evangelizadora da AFIPE.
Os valores das doações recebidos jamais tiveram destinação alheia aos objetivos da AFIPE. Houve investimentos diversos, dentre os quais propriedades rurais com todos os seus ativos, imóveis urbanos e emissoras de rádio.
Quando da finalização das negociações para aquisição da TV Pai Eterno, foram todos eles integralmente transferidos para quem de direito, no bojo nas negociações e implantação da TV. Não houve desvios. Não houve laranjas. Algumas emissoras de rádio tiveram que ser registradas momentaneamente em nome de colaboradores e representantes da AFIPE, em função da legislação específica, mas que jamais deixaram de pertencer e integrar o patrimônio da AFIPE.
Nas negociações finais, esses ativos foram então transferidos para os antigos proprietários do canal de televisão, que, a partir daí, fizeram seus investimentos e encaminhamentos normais, fora do âmbito da AFIPE e sem interferência da mesma, no livre movimento do mercado.
A Arquidiocese de Goiânia e a Congregação do Santíssimo Redentor estão tranquilas diante desses fatos, colocando-se à disposição do Ministério Público para esclarecimentos e para o encaminhamento de todo e qualquer documento solicitado, colaborando em tudo para se esclareçam as dúvidas ainda existentes.
O presidente da AFIPE, Padre Robson de Oliveira Pereira, se afastou de suas funções na Basílica do Divino Pai Eterno, em Trindade (GO), bem como da direção da AFIPE, enquanto a Associação caminha para contratar empresa idônea de auditoria externa, no sentido de ser realizada ampla e profunda apuração de documentos e dados relativos à AFIPE.
A Arquidiocese de Goiânia e a Congregação Redentorista estão atentas à movimentação do Ministério Público, envidando todos os esforços para que se esclareçam, o mais rapidamente possível, todas as questões envolvendo a AFIPE, no sentido de que se preserve a credibilidade da Igreja local, a boa-fé dos milhões de devotos e doadores da Associação e, especialmente, o trabalho cotidiano de evangelização, seja na Basílica do Pai Eterno, seja nas associações mantidas pela AFIPE, seja nas rádios e na TV Pai Eterno.
Goiânia, 21 de agosto de 2020.
Dom Washington Cruz
Arcebispo de Goiânia”
Fonte: G1
Na tarde deste domingo, 23 de agosto, o arcebispo de Goiânia, Dom Washington Cruz, emitiu um decreto de suspensão cautelar do exercício ministerial do Pe. Robson de Oliveira, sacerdote redentorista que está sendo investigado pelo Ministério Público de Goiás por suposto esquema de desvio de dinheiro na Associação Pai Eterno e Perpétuo Socorro, fundada e dirigida por ele na cidade goiana de Trindade.
Em decorrência do decreto, o sacerdote não poderá exercer os ofícios ministeriais na arquidiocese de Goiânia. O documento reforça que esta medida foi tomada em prol da tutela dos fiéis e da imparcialidade das investigações.
A Congregação do Santíssimo Redentor, à qual pertence o Pe. Robson, também o proibiu provisoriamente de usar o hábito e fazer programas de rádio, TV ou internet, visando restabelecer a boa fama do sacerdote e evitar escândalo na Igreja.
As medidas não significam uma condenação, mas um gesto de prudência e colaboração com o processo investigativo. Tanto o Pe. Robson quanto a arquidiocese e a congregação se manifestaram confiantes em que as acusações serão esclarecidas.
O próprio Pe. Robson se pronunciou a respeito das investigações no final da tarde deste sábado. Confira as suas palavras aqui:
+ Pe. Robson fala sobre investigações de desvio de dinheiro
Nota da Arquidiocese de Goiânia
Antes da suspensão do sacerdote, a Arquidiocese de Goiânia já tinha se pronunciado oficialmente sobre a operação do Ministério Público de Goiás mediante nota assinada pelo arcebispo Dom Washington Cruz. Confira a íntegra da nota:
“O Ministério Público do Estado de Goiás deflagrou uma operação com foco em atividades e movimentações financeiras da AFIPE – Associação Pai Eterno e Perpétuo Socorro, ligada à Basílica do Divino Pai Eterno, de Trindade (GO), buscando esclarecer supostas irregularidades na condução da Associação, que, em tese, poderiam caracterizar crimes de associação criminosa, apropriação indébita, lavagem de capitais, falsificação de documentos e sonegação fiscal.
Trata-se, na verdade, de meias conclusões apressadas, ainda que de direito do MP, em torno de doações com finalidades específicas e que, dentro da normalidade legal, tiveram aplicações diversas para conservar seu poder aquisitivo, em função de investimentos futuros que estavam, há muito, sendo cuidadosamente planejados, e que, no ano passado, redundaram na aquisição da TV Pai Eterno, braço maior da tarefa evangelizadora da AFIPE.
Os valores das doações recebidos jamais tiveram destinação alheia aos objetivos da AFIPE. Houve investimentos diversos, dentre os quais propriedades rurais com todos os seus ativos, imóveis urbanos e emissoras de rádio.
Quando da finalização das negociações para aquisição da TV Pai Eterno, foram todos eles integralmente transferidos para quem de direito, no bojo nas negociações e implantação da TV. Não houve desvios. Não houve laranjas. Algumas emissoras de rádio tiveram que ser registradas momentaneamente em nome de colaboradores e representantes da AFIPE, em função da legislação específica, mas que jamais deixaram de pertencer e integrar o patrimônio da AFIPE.
Nas negociações finais, esses ativos foram então transferidos para os antigos proprietários do canal de televisão, que, a partir daí, fizeram seus investimentos e encaminhamentos normais, fora do âmbito da AFIPE e sem interferência da mesma, no livre movimento do mercado.
A Arquidiocese de Goiânia e a Congregação do Santíssimo Redentor estão tranquilas diante desses fatos, colocando-se à disposição do Ministério Público para esclarecimentos e para o encaminhamento de todo e qualquer documento solicitado, colaborando em tudo para se esclareçam as dúvidas ainda existentes.
O presidente da AFIPE, Padre Robson de Oliveira Pereira, se afastou de suas funções na Basílica do Divino Pai Eterno, em Trindade (GO), bem como da direção da AFIPE, enquanto a Associação caminha para contratar empresa idônea de auditoria externa, no sentido de ser realizada ampla e profunda apuração de documentos e dados relativos à AFIPE.
A Arquidiocese de Goiânia e a Congregação Redentorista estão atentas à movimentação do Ministério Público, envidando todos os esforços para que se esclareçam, o mais rapidamente possível, todas as questões envolvendo a AFIPE, no sentido de que se preserve a credibilidade da Igreja local, a boa-fé dos milhões de devotos e doadores da Associação e, especialmente, o trabalho cotidiano de evangelização, seja na Basílica do Pai Eterno, seja nas associações mantidas pela AFIPE, seja nas rádios e na TV Pai Eterno.
Goiânia, 21 de agosto de 2020.
Dom Washington Cruz
Arcebispo de Goiânia”
Fonte: G1