Um menino de apenas 11 anos morreu na tarde de domingo, dia 23, em Santarém, município paraense, de parada cardiorrespiratória em decorrência de uma descarga elétrica recebida quando usava um telefone celular que estava carregando.
O acidente aconteceu por volta das 14 horas, na residência da família de Matheus Macedo Campos, quando o menino brincava no celular com quatro primos.
"Eles estavam brincando com os celulares. Foi tudo muito rápido. Deu um curto-circuito, acho que estavam usando um beijamim (adaptador) para carregar os aparelhos na mesma tomada, mas foi só ele que recebeu a descarga. Ele não chegou a cair, ficou grudado na cadeira", contou a avó de Matheus, Maria Raimunda Campos Brito.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado imediatamente, mas devido Matheus ter ficado desacordado, os familiares saíram de casa com o menino em veículo particular antes da chegada da ambulância. O veículo foi encontrado pela ambulância no caminho para o hospital.
Matheus foi transferido do veículo particular para a ambulância onde recebeu manobras de reanimação porque havia sofrido uma parada cardiorrespiratória e o coração voltou a bater. Na chegada ao hospital, a criança teve mais uma parada e desta vez, apesar das tentativas de reanimação, não reagiu mais.
O caso acendeu o alerta para os riscos de uso de equipamentos ligados à tomada em dias de chuva, como foi o último domingo em Santarém. O choque elétrico com celular pode causar queimaduras cutâneas, lesões a órgãos internos e outros tecidos brandos, arritmias cardíacas e parada respiratória.
"Nós estamos inconsoláveis com essa tragédia. Meu neto não voltará mais. Mas que seja exemplo pra muitos que teimam em usar o celular ligado ao carregador", alertou Maria Raimunda.
De acordo com especialistas, utilizar equipamentos molhados ou em locais inundados, ou mesmo manusear equipamentos elétricos estando com o corpo molhado ou descalço, aumentam o risco de choque elétrico.
As redes elétricas podem esconder problemas. Ainda mais se as estruturas forem muito antigas e não passarem por manutenção preventiva com frequência.
Outro alerta é em relação ao uso de carregadores piratas. Os produtos originais são homologados pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações).
Com informações do G1