Santa Catarina vem registrando um aumento significativo de casos do novo coronavírus nos últimos dias. Quase 78% das Unidades de Terapia Intensiva (UTI) do SUS destinadas para o combate à doença no estado já estão ocupadas. Nesta segunda-feira, 12, o governo estadual divulgou novas medidas restritivas e, de acordo com o secretário de Saúde André Motta, novas atitudes poderão ser tomadas.
Em entrevista ao programa Adelor Lessa desta terça-feira, 14, André ressaltou que o Estado vem dialogando com os governos municipais diariamente para a tomada de decisões em relação ao combate ao novo coronavírus. O secretário reafirmou, ainda, o fato de que o compartilhamento das decisões para restrições foi uma solicitação dos próprios prefeitos.
“Estamos há mais de 40 dias discutindo com os prefeitos em municípios das regiões o compartilhamento de intervenções da gestão da crise. Os prefeitos, que lá no início solicitaram a autonomia, estão tendo que tomar decisões conforme as regiões, cada região tem um histórico diferente. Se preciso for, o Estado vai tomar atitudes mais enérgicas”, declarou.
As novas restrições anunciadas pelo governo estadual para os próximos 14 dias, na verdade, são em sua grande maioria a afirmação de medidas já tomadas anteriormente. Shows, eventos, cinemas e teatros continuam suspensos. A novidade, é o cancelamento de atividades esportivas da Federação Catarinense de Futebol (FCF) e de outras entidades privadas pelas próximas duas semanas. As ações, segundo o secretário, visam diminuir a transmissibilidade da doença.
“Já vínhamos alertando que estávamos acelerando as taxas de transmissibilidade do vírus e justamente para isso que estamos todos os dias em contato com os prefeitos, para entender a realidade de cada região e sugerindo ações mais efetivas. As pessoas tiveram um entendimento que estavam mais seguras e precisamos retomar a atenção”, pontuou.
Hospitais deveriam estar com leitos já habilitados
Muitos hospitais catarinenses esperam a habilitação de novos leitos de UTI, com estrutura já pronta, para entrar em funcionamento. Apesar disso, segundo o secretário, os leitos já deveriam estar em funcionamento para, depois, ser aprovada a habilitação.
“Alguns hospitais ainda tem dificuldade de ativar leitos e estamos trabalhando nisso nos últimos dias. Se todos os leitos foram combinados para a serem ativados, teríamos a taxa de ocupação menor. Essa demora é da própria unidade hospitalar, lembrando que para fazer habilitação de leitos é obrigatório que ele esteja ativo e disponível. Os hospitais têm um entendimento um tanto quanto diverso de que se deveria esperar a habilitação. Mas o Ministério da Saúde habilita já em uso. Temos repassado recursos financeiros e também em equipamentos, o hospital precisa entender que precisa colocar os leitos a disposição e só assim solicitar a habilitação do MS”, disse.
Fonte: Assessoria de Comunicação