O médico e empresário, que era procurado por estar envolvido em um caso de desvio de verbas de respiradores usados em pacientes com Covid-19, em Santa Catarina, foi preso em Sorocaba (SP) na manhã deste domingo, 07 de junho.
De acordo com a Polícia Militar, equipes receberam a informação de que o suspeito estaria parado em um posto de combustíveis na Avenida Doutor Armando Pannunzio, no Jardim Vera Cruz. Segundo a Polícia Civil de Sorocaba, o homem já tinha um mandado de prisão preventiva decretada pelo Estado, onde a operação é realizada.
A equipe da Polícia Civil de Santa Catarina entrou em contato com Sorocaba e avisou que um dos carros do médico apareceu em câmeras instaladas nas ruas da cidade na manhã de sábado, dia 06. Com isso, segundo a polícia, a equipe de Santa Catarina veio para Sorocaba e teve apoio da seccional da cidade. As equipes fizeram buscas, mas não encontraram o médico.
Ainda segundo a polícia, a placa do carro foi informada à PM, que monitorou a situação e localizou o veículo em imagens das câmeras neste domingo. O homem foi abordado e encaminhado ao Plantão Norte e, após, para o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Sorocaba. Ele é médico e empresário e foi denunciado por desvios de recursos na aquisição de respiradores utilizados para o tratamento de Covid-19. Uma CPI investiga a aquisição de 200 respiradores pelo estado de Santa Catarina a R$ 33 milhões pagos, antecipadamente, em março.
Até a última quinta-feira, dia 04, apenas 50 dos equipamentos tinham chegado ao estado, com atraso, e estão sendo analisados pela Secretaria de Estado da Saúde para verificar se o modelo enviado pode ser usado no tratamento contra a Covid-19.
Uma força-tarefa formada por vários órgãos, incluindo Ministério Público de Santa Catarina e Polícia Civil, também investiga a compra. No início de maio, o Governo de Santa Catarina assumiu que teve “fragilidades” no processo de aquisição.
Uma análise da Ordem dos Advogados do Brasil em Santa Catarina (OAB/SC), em parceria com o Observatório Social do Brasil, em Santa Catarina, concluiu que houve irregularidades na compra.
Com informações do G1