Autoridades em saúde pública de todo o planeta estão se esforçando e aprendendo a combater o coronavírus em tempo real e, por esta razão, as informações e orientações sobre a doença podem se modificar com o avanço nas pesquisas.
Na China, onde a pandemia iniciou, ao menos 100 indivíduos que se curaram da doença voltaram a apresentar resultados positivos para a presença da Covid-19.
Diante disso, a pergunta mais frequente é: o corpo cria ou não imunidade contra o coronavírus?
Pode haver reinfecção?
Primeiramente, existem pontos importantes a serem destacados, baseando-se em estudos realizados até então:
As evidências científicas apontam que a probabilidade de uma reinfecção é remota, segundo o líder da força-tarefa contra o coronavírus dos Estados Unidos e um dos maiores especialistas do mundo em doenças infecciosas, Anthony Fauci.
Há possibilidade de que a possível reinfecção seja a conclusão precipitada dos testes de diagnóstico da Covid-19 | Foto Divulgação/PMJS
As análises também indicam que o novo coronavírus não possui uma alta taxa de mutações, de acordo com o imunologista Eduardo Finger, diretor do Laboratório de Pesquisa Experimental do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, na capital paulista.
Há possibilidade de que a possível reinfecção seja, na verdade, uma conclusão precipitada dos testes de diagnóstico da Covid-19.
O virologista Paulo Eduardo Brandão, da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo, ressalta que pessoas que receberam alta após o tratamento para a Covid-19 continuam excretando pedaços do coronavírus, o que poderia dar um resultado positivo num teste.
Quem pega fica imune?
Por fim, segundo as pesquisas disponíveis, tudo leva a crer que, se há risco de reinfecção, é bem baixo.
Basta levar em conta que já são mais de 1 milhão de casos no mundo todo e ao redor de 100 relatos não confirmados de reinfecção em três países.
No momento, as evidências indicam que a Covid-19 é mesmo uma doença que só se pega uma vez.
O corpo parece que desenvolve, sim, uma memória imunológica para debelá-la caso o coronavírus tente uma segunda invasão. Em meio a um cenário tão desolador, esta seria uma boa notícia.
Fonte: Veja Saúde