Segundo dados divulgados pela Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de SC (Epagri) nesta terça-feira (9), o faturamento da produção agropecuária catarinense em 2019 foi de R$ 33,56 bilhões, um crescimento de 2,9% em relação ao ano anterior.
Pela primeira vez em 19 anos, a carne suína ultrapassou o mercado de frangos como principal produto agrário do Estado. O faturamento com os suínos no ano passado foi de R$ 6,46 bilhões, contra R$ 6,41 bilhões da avicultura. Somando todos os itens, o mercado de proteína animal representa 59% da produção catarinense, o que corresponde a R$ 19,8 bilhões.
Segundo o secretário de Agricultura e Pesca de Santa Catarina, Ricardo de Gouvêa, a participação dos suínos em relação ao frango na agropecuária catarinense deve ser ainda maior por conta das tendências do mercado internacional.
“É uma tendência do mercado mundial, por contas do aumento das exportações de suínos para a China. Já essa queda do frango é uma consequência da suspensão das exportações para o Mercado Europeu, que já vínhamos observando nos últimos tempos”, explicou.
Em 2019, a agropecuária representou 68,3% das exportações catarinenses, mesmo índice de 2018. Já nos cinco primeiros meses deste ano, a participação do agronegócio é de 71%. Apesar da maior participação, o setor espera que o faturamento com o mercado internacional seja menor por conta da diminuição do volume das exportações devido à pandemia.
Grãos
Os dados mostraram que o mercado de grãos correspondeu à 20% do faturamento do agro catarinense em 2019, com destaques para a participação da soja (R$ 2,7 bilhões) e do milho (R$ 1,5 bilhão).
“O Estado até diminuiu a sua área plantada, mas isso foi compensado pelo aumento da produtividade nas lavouras”, ressaltou o analista do Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Cepa) da Epagri, Luiz Toresan.
Para 2020, a expectativa é de aumento na participação dos grãos na produção catarinense, especialmente da soja. “O valor recorde das sacas de soja por conta da taxa de câmbio elevada e o crescimento da demanda chinesa estão aumentando o faturamento com o grão no mercado internacional, que já registra alta de mais de 50% nas exportações desde o início do ano”, destacou Toresan.
Fonte: Rede Catarinense de Notícias