De acordo com o Ministério da Cidadania, até a última sexta-feira (12/06) 39.517 pessoas que não se enquadravam nos critérios da lei que criou o auxílio emergencial procuraram o governo para devolver os R$ 600 que receberam de forma indevida. As devoluções já somam, portanto, R$ 29,65 milhões. Ainda segundo a pasta, desse total, 23.643 eram militares. A categoria representa, então, a maior parte dessas devoluções: R$ 15,2 milhões, ao todo.
As fraudes no auxílio emergencial vieram à tona justamente quando o governo identificou o pagamento do benefício para cerca de 73 mil militares, como mostrou o Correio. Porém, só cresceram com o passar do tempo. De acordo com o próprio governo, o benefício que foi criado com o intuito de ajudar os trabalhadores informais e os brasileiros de baixa renda durante a pandemia do novo coronavírus também acabou sendo pago de forma irregular a brasileiros de classe média, brasileiros que moram no exterior, sócios de empresas e até doadores de campanha.
Por conta dessas irregularidades, o Ministério da Cidadania lançou um site para a devolução do auxílio emergencial há cerca de um mês, o “devolucaoauxilioemergencial.cidadania.gov.br“. O portal permite que os brasileiros gerem uma guia de pagamento, por meio do CPF, para pagar de volta ao governo o dinheiro recebido de forma irregular. Foi assim que o governo conseguiu recuperar esses R$ 29,65 milhões, segundo a Cidadania.
Também é possível, contudo, denunciar eventuais fraudes no pagamento do auxílio emergencial através do sistema Fala.Br, a plataforma integrada de ouvidoria e acesso à informação da Controladoria-Gera da União (CGU). A relação pública de todos aqueles que receberam os R$ 600, por sinal, está disponível no Portal da Transparência.
Fonte: Correio Braziliense