Santa Catarina tem 2,2 mil casos de dengue e ultrapassa números de 2019
Chegou a 2.253 o número de casos de dengue em Santa Catarina nos quatro primeiros meses deste ano. No total, 87,7% deles são autóctones, ou seja, quando a transmissão ocorre dentro do próprio estado. O número é superior aos 1.911 registrados em todo o ano de 2019.
Os dados foram divulgados pela Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive-SC) na manhã desta sexta-feira (1º) e leva em conta o período entre 29 de dezembro de 2019 e 25 de abril de 2020. Foram 914 casos registrados a mais em comparação com o boletim anterior, divulgado no dia 9 de abril.
Epidemia
Os municípios de São Carlos, Coronel Freitas e Maravilha, no Oeste catarinense, enfrentam uma epidemia de dengue, informou a Dive-SC. A Organização Mundial da Saúde (OMS) define o nível de transmissão epidêmico quando a taxa de incidência é maior de 300 casos de dengue por 100 mil habitantes.
São Carlos tem uma taxa de incidência de 735,8 casos por 100 mil habitante. Em Coronel Freitas, a taxa é de 591,1 e no município de Maravilha, de 311.
A Dive-SC afirma que equipes da Secretaria de Estado da Saúde monitoram diariamente a situação da doença em Santa Catarina, acompanhando e auxiliando tecnicamente os municípios nas ações a serem realizadas.
O gerente de Zoonoses da Secretaria de Estado da Saúde, João Fuck, destacou que as pessoas precisam reforçar os cuidados para eliminar os locais com água parada e evitar criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue.
Veja as orientações para evitar a propagação da doença:
- eliminar qualquer tipo de recipiente (até mesmo tampinhas de garrafa pet) que possa acumular água;
- tratar a água de piscinas com cloro, pelo menos uma vez por semana;
- retirar os pratinhos debaixo dos vasos de plantas;
- verificar a vedação da caixa d’água;
- colocar tela de proteção nos ralos;
- higienizar semanalmente os potes de alimentos dos animais;
- desentupir as calhas d’água;
- não acumular lixo.
Sintomas da dengue
- febre alta, entre 39ºC e 40ºC;
- dor atrás dos olhos;
- dor muscular intensa;
- dor de cabeça;
- fraqueza;
- manchas pelo corpo – presentes em 50% dos pacientes
Fonte: Jornalismo Rádio Videira/G1
Foto: Divulgação