Estima-se que o número demissões já ultrapassou 530 mil em Santa Catarina, desde o início da pandemia do novo coronavírus.
Informação consta na pesquisa Impacto do Coronavírus nos negócios de SC, desenvolvida pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), pela Federação das Indústrias (Fiesc) e pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Santa Catarina (Fecomércio).
Os dados têm o objetivo de acompanhar as consequências econômicas provocadas pela Covid-19 em setores, regiões e segmentos de Santa Catarina. O período de coletas de dados foi de 4 a 6 de maio, com 2.547 entrevistas, em 177 municípios pelas nove regiões do estado, com margem de erro de 1,9%. Pesquisa foi divulgada na terça-feira, 12.
A publicação informa que o número de empresas que estão demitindo no estado segue aumentando, chegando já em 41,4%. As demissões tem sido mais expressivas nas empresas de maior porte. Portanto, a pesquisa aponta que este número representa que 354.364 das empresa.
Em relação aos setores da economia, o Sebrae aponta que os empregos no setor industrial são os mais afetados, pois 55,3% das indústrias catarinenses demitiram funcionários desde o início da quarentena. Nos setores de Serviços e Comércio, o porcentual de demissões varia de 34% a 39%.
Entretanto, é no setor de serviços que está a liderança do número de demissões, com 218.538 empregos perdidos.
Sobre a suspensão do contrato de trabalho, que é uma ação temporária para evitar a demissão, a pesquisa mostra que 24,7% das empresas adotaram este procedimento. Além disso, 22% dos empreendimentos implantaram a redução proporcional da jornada de trabalho e salários.
Ainda, a pesquisa demonstra este cenários nas grandes empresas: 51,4% das grandes já adotaram a redução proporcional de jornada de trabalho e salários. Cerca de 38% das médias e grandes empresas utilizaram a suspensão temporária do contrato.
Assim, 291.708 empresas em Santa Catarina aderiram à MP 936/20. “Mais de 408 mil trabalhadores catarinenses estão em regime de suspensão temporária de contrato de trabalho e cerca de 462 mil tiveram sua jornada de trabalho e salário reduzidos”, destaca a pesquisa.
Retorno das atividades
Segundo a pesquisa, cerca de 114 mil empresas estão inoperantes no momento, no estado. Os pequenos negócios seguem mais impactados pelas medidas da quarentena.
Contudo, 86,7% das empresas já estão em atividade no estado com as medidas de relaxamento da quarentena. A grande maioria das empresas, entretanto, opera com restrições e mudanças. Apenas, 0,9% das empresas fechou as portas de vez, não volta a abrir.
Mesmo com a retomada das atividades, a maioria dos negócios opera com redução na produção em todos os portes, em maior intensidade, entre as Grandes e Médias empresas. Seis em cada dez empresas de médio e grande porte estão com produção reduzida.
Os setores que mais tem encerrado as atividades neste período são o comércio e os serviços. No total, o Sebrae registra que 1,2% destes, em ambos os setores, fecharam as portas. Ainda, 95% da indústria está operando, porém sete em cada dez empresas do setor mantêm a produção reduzida.
Fonte: O Município