Mathias, com o envelope que mandou para o hospital
Foto: Arquivo Pessoal
Mathias Krein é uma criança apaixonada por Lego. Aos nove anos, já é muito disciplinado com o dinheiro. Ele não ganha mesada, mas, nas datas comemorativas, dindos e avós costumam dar a ele alguma quantia, que o menino tem o hábito de guardar para aumentar sua coleção do brinquedo de montar que tanto gosta.
Mas, desde que passou a acompanhar a situação da pandemia de coronavírus em Arroio do Meio - RS, cidade do Vale do Taquari onde mora, Mathias ficou preocupado e achou que poderia ajudar. Resolveu juntar as economias que tinha e doar para o hospital do município, o São José.
Tudo começou porque Marjana Rockenbach, tia do menino que é farmacêutica e trabalha na unidade de saúde, resolveu passar o período de isolamento social na casa da irmã, Magda Rockenbach, mãe do Mathias. Marjana mora com os pais, que são idosos e pertencem ao grupo de risco. Por isso, está fora de casa desde o início de abril.
Com isso, o menino passou a ouvir a tia e a mãe conversando sobre fatos que ocorriam em razão da pandemia. Um desses relatos dava conta de que estava sendo organizada uma comissão para montar uma unidade de tratamento intensivo (UTI) no hospital local.
— Mathias é um menino muito querido, tranquilo e sempre muito atento. Sempre conversamos muito sobre tudo. Com o início da pandemia, falamos muito sobre os cuidados que se deve ter. Então, uma noite falei que tinha visto no site da prefeitura que, em maio, a cidade iria iniciar a construção da UTI, já tão esperada em nosso município. Lembro que falei sobre uma conta no banco para doações. Pouco tempo depois, Mathias me chamou no quarto, mostrou o cofrinho que tinha aberto e perguntou se podia doar o dinheiro que tinha. Me emocionei quando ele disse isso — relata Magda.
No último final de semana, quando Marjana retornou do trabalho, Magda a chamou para contar a novidade. Segundo a mãe, ele disse que já tinha muitos Legos, não precisava de mais, e queria que a tia fosse a responsável por fazer levar o dinheiro.
Mathias, então, fez um envelope no qual desenhou uma máscara e um álcool gel, colocou seu nome e o valor de R$337,50, endereçou ao hospital e entregou para Marjana.
— Fiquei muito emocionada com o que ele fez. As crianças sentem muito esse período de não poder ver os amigos e de se preocupar com a prevenção da doença. Ele tem sido muito cuidadoso, e segue todas as orientações de prevenção. Lava as mãos o tempo todo. E eu percebi que se preocupou caso ele, um amigo ou algum familiar fosse contaminado e precisasse ser internado. Ele sentiu que teria que ajudar caso alguém precisasse de uma UTI. Na cabeça dele, se todo mundo desse um pouquinho do que tem, dava pra construir a unidade — relata a tia do menino.
Marjana conta que a equipe do hospital ficou muito surpresa e contente com a atitude de Mathias:
— Quando cheguei em casa, disse ao meu sobrinho que todo mundo tinha gostado muito da iniciativa dele, e que eu esperava que isso incentivasse mais pessoas a fazer o mesmo.
Informações GauchaZH
Foto: Arquivo Pessoal
Mathias Krein é uma criança apaixonada por Lego. Aos nove anos, já é muito disciplinado com o dinheiro. Ele não ganha mesada, mas, nas datas comemorativas, dindos e avós costumam dar a ele alguma quantia, que o menino tem o hábito de guardar para aumentar sua coleção do brinquedo de montar que tanto gosta.
Mas, desde que passou a acompanhar a situação da pandemia de coronavírus em Arroio do Meio - RS, cidade do Vale do Taquari onde mora, Mathias ficou preocupado e achou que poderia ajudar. Resolveu juntar as economias que tinha e doar para o hospital do município, o São José.
Tudo começou porque Marjana Rockenbach, tia do menino que é farmacêutica e trabalha na unidade de saúde, resolveu passar o período de isolamento social na casa da irmã, Magda Rockenbach, mãe do Mathias. Marjana mora com os pais, que são idosos e pertencem ao grupo de risco. Por isso, está fora de casa desde o início de abril.
Com isso, o menino passou a ouvir a tia e a mãe conversando sobre fatos que ocorriam em razão da pandemia. Um desses relatos dava conta de que estava sendo organizada uma comissão para montar uma unidade de tratamento intensivo (UTI) no hospital local.
— Mathias é um menino muito querido, tranquilo e sempre muito atento. Sempre conversamos muito sobre tudo. Com o início da pandemia, falamos muito sobre os cuidados que se deve ter. Então, uma noite falei que tinha visto no site da prefeitura que, em maio, a cidade iria iniciar a construção da UTI, já tão esperada em nosso município. Lembro que falei sobre uma conta no banco para doações. Pouco tempo depois, Mathias me chamou no quarto, mostrou o cofrinho que tinha aberto e perguntou se podia doar o dinheiro que tinha. Me emocionei quando ele disse isso — relata Magda.
No último final de semana, quando Marjana retornou do trabalho, Magda a chamou para contar a novidade. Segundo a mãe, ele disse que já tinha muitos Legos, não precisava de mais, e queria que a tia fosse a responsável por fazer levar o dinheiro.
Mathias, então, fez um envelope no qual desenhou uma máscara e um álcool gel, colocou seu nome e o valor de R$337,50, endereçou ao hospital e entregou para Marjana.
— Fiquei muito emocionada com o que ele fez. As crianças sentem muito esse período de não poder ver os amigos e de se preocupar com a prevenção da doença. Ele tem sido muito cuidadoso, e segue todas as orientações de prevenção. Lava as mãos o tempo todo. E eu percebi que se preocupou caso ele, um amigo ou algum familiar fosse contaminado e precisasse ser internado. Ele sentiu que teria que ajudar caso alguém precisasse de uma UTI. Na cabeça dele, se todo mundo desse um pouquinho do que tem, dava pra construir a unidade — relata a tia do menino.
Marjana conta que a equipe do hospital ficou muito surpresa e contente com a atitude de Mathias:
— Quando cheguei em casa, disse ao meu sobrinho que todo mundo tinha gostado muito da iniciativa dele, e que eu esperava que isso incentivasse mais pessoas a fazer o mesmo.
Informações GauchaZH