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Entre um apito e outro

A profissão que exige ao funcionário ter duas mães


Efetivar o resultado de uma partida de futebol, sem interferir, parece uma missão tão simples. Mas não é, e está longe de ser. Está é a difícil e ingrata tarefa de um árbitro de futebol, seja ele amador ou profissional.

O nosso repórter esportivo Gilian Olivo e proprietário do site:blog-lapelota.com.br conversou com o ex- árbitro Itacir do Prado, natural de Coronel Vivida, no estado do Paraná, mas que reside em Videira, desde os dois anos de idade.

Ita, como é carinhosamente conhecido, dedicou vinte anos de sua vida a arbitragem (de 1995 a 2015). Sendo que nove destes, federado pela Liga de Árbitros de Rio das Antas (de 2001 a 2009), onde é claro, atuou em jogos de futebol profissional.

EPISÓDIO MARCANTE

Em Chapecó, na época ainda Estádio Índio Conda, em um clássico entre Chapecoense e Atlético de Chapecó, onde a equipe de arbitragem (Ita foi auxiliar naquele jogo), só conseguiu sair do Estádio ás 02h30 da madrugada e ainda com escolta da Policia Militar, até o trevo de saída da cidade. Ita ainda comentou: Detalhe, precisamos pegar a estrada, enviar a súmula a Federação e só depois dormir algumas poucas horas, pois no outro dia, todos precisavam trabalhar.

OS INCENTIVADORES

Cassiano Peretti foi o primeiro a convidar Ita a fazer um curso de especialização de arbitragem, além do sempre apoio incondicional de Adelmo Albiero e Luiz Carlos Spanholi, figuras conhecidas do esporte e arbitragem videirense.

Delcir Vian de Rio das Antas, foi quem deu a oportunidade de Itacir, pertencer ao quadro de árbitros de futebol da Liga de Rio das Antas e arbitrar profissionalmente.

UMA DECEPÇÃO

Nunca conseguir ter sido federado por Videira, sua cidade do coração. Felizmente, conseguiu realizar este sonho, pela Liga de Rio das Antas.

JÁ FOI AGREDIDO?

O La Pelota questionou e Ita respondeu da seguinte forma:

“Fui agredido uma única vez, no futebol amador. O lamentável fato, aconteceu na comunidade de Santa Bárbara, interior de Videira, onde levei um soco no rosto, de um dirigente esportivo. O fato me marcou muito, e é claro de forma negativa, pois era um domingo Dia dos Pais. Quando cheguei em casa, minha filha questionou, o que tinha acontecido. Me faltaram palavras para explicar. Foi então, que comecei a pensar que era momento de ir parando com a arbitragem. No profissional, nunca fui agredido, sempre fui muito respeitado pelos atletas. No geral, alguns empurrões e reclamações veementes. Mas quem é do futebol, sabe que isso é do jogo”. A Rádio Vitória estava transmitindo a partida em questão.

O GRANDE SEGREDO DE UM BOM ÁRBITRO

Conhecer as regras, porque são elas que vão provar que você quanto árbitro, tomou a decisão correta. Outro fator muito importante é ser imparcial, tendo como objetivo, sempre fazer o meu melhor. É claro que os erros vão existir, afinal o erro é humano.

O GRANDE LEGADO


A amizade construída através do esporte, isso não tem preço que pague.


ATUALMENTE

Itacir do Prado, atualmente com mais de meio século de vida, é arbitro apenas de partidas festivas e beneficentes.

Se dedica, a sua empresa de transportes e nos horários vagos, bate sua bolinha com os amigos e é claro, assiste jogos de futebol, afinal a paixão pelo apito, pela bola, está no sangue.



Créditos: Site blog-lapelota.com.br