Daniela Reinehr, vice-governadora de SC (foto: Reprodução)
O fim de semana foi bombástico na política de Santa Catarina, com os desdobramentos da Operação Oxigênio. O que levou a uma nova investida da vice-governadora Daniela Reinehr, cada vez mais à vontade no papel de um contraponto interno ao governo. Em um vídeo publicado nas redes sociais, ela voltou a se queixar da falta de interlocução e alfinetou: disse que Santa Catarina “precisa de comando”.
O discurso foi, ao mesmo tempo, conciliador e provocativo. A vice-governadora falou em união de esforços e na necessidade de diálogo, sensibilidade e firmeza de ações. Mas também disse que SC precisa por em prática uma “nova forma de executar o Executivo”.
Daniela, bolsonarista raiz, se diz abertamente traída pelo governador e ressalta que foi deixada de lado por Moisés. Nos bastidores, sabe-se que, de fato, as decisões de governo não passam pela vice. E ela fez questão de deixar isso muito claro: “Em muitos momentos busquei ser ouvida, busquei espaço para colaborar com o governo, mas não me deram atenção”.
O tom, especialmente neste trecho, lembra a famosa carta que Michel Temer enviou a Dilma Rousseff, em que reclamou de seu papel “decorativo” no governo. Àquela altura, a presidenta da República enfrentava um desgaste político sem precedentes, que resultou no impeachment. A carta do vice ressentido, elegantemente escrita, serviu na prática como um descolamento oficial do governo. O resto dessa história todo brasileiro conhece muito bem.
Moisés também vive o próprio inferno astral, com uma compra suspeita que já derrubou dois secretários – entre eles, seu braço direito e articulador político. O governador está sem base forte de apoio na Assembleia Legislativa, e desagradou seu eleitorado ao descolar-se do presidente Jair Bolsonaro, em cujo nome se elegeu. Tudo isso em meio a uma pandemia, em que a tomada de decisões ganha proporções de vida ou morte.
O fantasma do impeachment, que nunca deixa de rondar os governantes no Brasil, está atrás da porta. Se resolver assombrar Moisés, Daniela já mostrou que estará a postos. E com o discurso pronto.
Fonte: NSC
O fim de semana foi bombástico na política de Santa Catarina, com os desdobramentos da Operação Oxigênio. O que levou a uma nova investida da vice-governadora Daniela Reinehr, cada vez mais à vontade no papel de um contraponto interno ao governo. Em um vídeo publicado nas redes sociais, ela voltou a se queixar da falta de interlocução e alfinetou: disse que Santa Catarina “precisa de comando”.
O discurso foi, ao mesmo tempo, conciliador e provocativo. A vice-governadora falou em união de esforços e na necessidade de diálogo, sensibilidade e firmeza de ações. Mas também disse que SC precisa por em prática uma “nova forma de executar o Executivo”.
Daniela, bolsonarista raiz, se diz abertamente traída pelo governador e ressalta que foi deixada de lado por Moisés. Nos bastidores, sabe-se que, de fato, as decisões de governo não passam pela vice. E ela fez questão de deixar isso muito claro: “Em muitos momentos busquei ser ouvida, busquei espaço para colaborar com o governo, mas não me deram atenção”.
O tom, especialmente neste trecho, lembra a famosa carta que Michel Temer enviou a Dilma Rousseff, em que reclamou de seu papel “decorativo” no governo. Àquela altura, a presidenta da República enfrentava um desgaste político sem precedentes, que resultou no impeachment. A carta do vice ressentido, elegantemente escrita, serviu na prática como um descolamento oficial do governo. O resto dessa história todo brasileiro conhece muito bem.
Moisés também vive o próprio inferno astral, com uma compra suspeita que já derrubou dois secretários – entre eles, seu braço direito e articulador político. O governador está sem base forte de apoio na Assembleia Legislativa, e desagradou seu eleitorado ao descolar-se do presidente Jair Bolsonaro, em cujo nome se elegeu. Tudo isso em meio a uma pandemia, em que a tomada de decisões ganha proporções de vida ou morte.
O fantasma do impeachment, que nunca deixa de rondar os governantes no Brasil, está atrás da porta. Se resolver assombrar Moisés, Daniela já mostrou que estará a postos. E com o discurso pronto.
Fonte: NSC