Pandemia de coronavírus desacelera muito devagar, por isso relaxamento do distanciamento social precisa ser lento e gradual, avalia a organização
Trabalhador espanhol tem a temperatura medida ao retonar ao trabalho
Jesús Diges / EFE - 13.4.2020
A OMS (Organização Mundial da Saúde) estabeleceu critérios para o relaxamento de medidas de distanciamento social adotadas pelos países como resposta à propagação do novo coronavírus pelo planeta, provocando uma pandemia de covid-19.
De forma geral, o relaxamento das quarentenas precisa ser lento e gradual, uma vez que "a curva de contágio do vírus cresce rápido, mas diminui muito mais devagar", afirmou o diretor-geral Tedros Adhanom nesta segunda-feira (13). A palavra central, para a OMS, é "controle" sobre as infecções.
O guia completo com as orientações aos sistemas nacionais de saúde será publicado na terça-feira. "Só podemos dizer o que sabemos e só podemos recomendar o que sabemos", comentou Adhanom, ressaltando que o conhecimento científico gerado pelos diferentes países sobre o comportamento deste novo coronavírus é indispensável para fundamentar decisões sobre o combate à pandemia.
Países começam a rever quarentenas
Um dos países mais afetados pela pandemia, a Espanha iniciou uma terceira fase da quarentena nacional, retornando às medidas iniciais e mais leves, que permitem que setores como construção civil e indústria retomem atividades. Uma parte do plano de retomada espanhol inclui a distribuição de máscaras para os trabalhadores e manter escolas, universidades, comércio e hotelaria fechados, além da proibição de qualquer tipo de evento público.
Outros países duramente afetados, como a Alemanha e o Irã, também já avaliam a possibilidade de rever regras de isolamento.
Durante a coletiva de imprensa diária da OMS, o diretor-geral, Tedros Adhanon, apresentou um resumo dos seis critérios que devem ser avaliados pelos diferentes para decretar ou não o relaxamento de medidas de distanciamento social, como quarentenas ou isolamento social.
Seis critérios devem ser avaliados pelos países
A primeira questão é ter dados que confirmem que a transmissão do coronavírus está controlada. A segunda, é que o sistema de saúde do país tenha retomado sua capacidade para atender pacientes ao mesmo tempo em que testa possíveis novos casos, promove o isolamento de pessoas infectadas e identifica outras que podem ter tido contato.
Outro critério para relaxar as quarentenas é que os locais de risco estejam sob controle estrito, como por exemplo unidades de saúde e casos de repouso.
Além disso, é necessário que medidas de proteção estejam sendo tomadas em locais de trabalho, escolas e outros locais que possam voltar a ter atividades. O manejo de casos importados também precisa ser mantido.
O último critério fundamental é que as comunidades estejam cientes e engajadas para seguir as novas medidas, o que significa também prover os meios para que o conjunto da população possa se proteger por igual.
A OMS tem repetidamente chamado a atenção para o atendimento de populações carentes ou vulneráveis, ou seja, que os governos deem condições financeiras e práticas par que estas pessoas também se protejam durante a pandemia.
"Os estudos mostram que os riscos de reintrodução ou ressurgimento seguirão existindo", diss Adhanom. "Só vamos controlar realmente o vírus depois que tivermos uma vacina."
Fonte: R7
Trabalhador espanhol tem a temperatura medida ao retonar ao trabalho
Jesús Diges / EFE - 13.4.2020
A OMS (Organização Mundial da Saúde) estabeleceu critérios para o relaxamento de medidas de distanciamento social adotadas pelos países como resposta à propagação do novo coronavírus pelo planeta, provocando uma pandemia de covid-19.
De forma geral, o relaxamento das quarentenas precisa ser lento e gradual, uma vez que "a curva de contágio do vírus cresce rápido, mas diminui muito mais devagar", afirmou o diretor-geral Tedros Adhanom nesta segunda-feira (13). A palavra central, para a OMS, é "controle" sobre as infecções.
O guia completo com as orientações aos sistemas nacionais de saúde será publicado na terça-feira. "Só podemos dizer o que sabemos e só podemos recomendar o que sabemos", comentou Adhanom, ressaltando que o conhecimento científico gerado pelos diferentes países sobre o comportamento deste novo coronavírus é indispensável para fundamentar decisões sobre o combate à pandemia.
Países começam a rever quarentenas
Um dos países mais afetados pela pandemia, a Espanha iniciou uma terceira fase da quarentena nacional, retornando às medidas iniciais e mais leves, que permitem que setores como construção civil e indústria retomem atividades. Uma parte do plano de retomada espanhol inclui a distribuição de máscaras para os trabalhadores e manter escolas, universidades, comércio e hotelaria fechados, além da proibição de qualquer tipo de evento público.
Outros países duramente afetados, como a Alemanha e o Irã, também já avaliam a possibilidade de rever regras de isolamento.
Durante a coletiva de imprensa diária da OMS, o diretor-geral, Tedros Adhanon, apresentou um resumo dos seis critérios que devem ser avaliados pelos diferentes para decretar ou não o relaxamento de medidas de distanciamento social, como quarentenas ou isolamento social.
Seis critérios devem ser avaliados pelos países
A primeira questão é ter dados que confirmem que a transmissão do coronavírus está controlada. A segunda, é que o sistema de saúde do país tenha retomado sua capacidade para atender pacientes ao mesmo tempo em que testa possíveis novos casos, promove o isolamento de pessoas infectadas e identifica outras que podem ter tido contato.
Outro critério para relaxar as quarentenas é que os locais de risco estejam sob controle estrito, como por exemplo unidades de saúde e casos de repouso.
Além disso, é necessário que medidas de proteção estejam sendo tomadas em locais de trabalho, escolas e outros locais que possam voltar a ter atividades. O manejo de casos importados também precisa ser mantido.
O último critério fundamental é que as comunidades estejam cientes e engajadas para seguir as novas medidas, o que significa também prover os meios para que o conjunto da população possa se proteger por igual.
A OMS tem repetidamente chamado a atenção para o atendimento de populações carentes ou vulneráveis, ou seja, que os governos deem condições financeiras e práticas par que estas pessoas também se protejam durante a pandemia.
"Os estudos mostram que os riscos de reintrodução ou ressurgimento seguirão existindo", diss Adhanom. "Só vamos controlar realmente o vírus depois que tivermos uma vacina."
Fonte: R7