Moisés responde a Bolsonaro: Estados precisam de ação “forte, precisa e muito rápida” do governo federal
Alvo de críticas do presidente Jair Bolsonaro nesta quinta-feira (2), pelas medidas de quarentena adotadas em SC, o governador Carlos Moisés (PSL) respondeu ao presidente em tom de cobrança. Em um vídeo publicado nas redes sociais, o governador diz, sem citar diretamente o presidente, que os estados passam por um momento de finanças comprometidas e precisam de “uma ação forte, precisa e muito rápida” do governo federal para enfrentar a pandemia.
Na publicação, Moisés afirmou que Santa Catarina precisará de R$ 1,3 bilhão para dar conta dos gastos públicos causados pela emergência. Desse valor, R$ 500 milhões são para os insumos e equipamentos nos hospitais públicos e filantrópicos. Outros R$ 800 milhões terão como destino hospitais de campanha e outras ações de Defesa Civil.
Listou ter recebido R$ 58 milhões que retornaram dos poderes, e R$ 14 milhões do governo federal – montante que ressaltou ser insuficiente para enfrentar a crise.
✅ Atualizo os números de hoje sobre #Coronavírus em #SantaCatarina. Infelizmente lamentamos ter que noticiar mais mortes.— Carlos Moisés (@CarlosMoises) April 3, 2020
✅ Os Estados precisam de apoio rápido do Governo Federal para enfrentar esta pandemia. Estimamos que o custo das ações aqui irá superar R$ 1,3 bilhão. pic.twitter.com/rhO8Ey9MK9
Não é a primeira vez que o governador fala dos recursos. Na semana passada, disse que o atraso no envio de equipamentos foi o motivo para o cancelamento do precipitado plano de retomada econômica, que previa a reabertura do comércio esta semana. Acusado de parecer o “dono” do Estado por ter decretado quarentena em meio à pandemia, e de ter sido eleito em seu nome, por Bolsonaro, Moisés evitou subir o tom.
Mais cedo, questionado pela Folha de S. Paulo, o governador de SC disse que “a hora não é de discurso político”. Sabe, no entanto, que ao trazer ao debate a insuficiência de recursos, e a demora de reação do governo federal em atender os estados, aponta para Bolsonaro a necessidade de reagir.
Fonte: Diário Rio do Peixe