O ministro Luiz Henrique Mandetta afirmou, nesta quarta-feira, que a pasta fechou um grande contrato para comprar respiradores com quatro indústrias brasileiras. Uma delas entregará 6,5 mil respiradores em 90 dias.
Segundo ele, esses fabricantes tinham produção limitada e, por meio de uma complexa articulação, expandirão sua capacidade. Mandetta citou especificamente a fabricante Magnamed, mas enfatizou que há outras três indústrias.
— Só Magnamed fechou para 6.500 respiradores para 90 dias. A gente espara começar e, no mês de maio, vamos auentando. E, em 90 dias, temos o suficiente com a Magnamed.
Mandetta afirmou a pasta desisitiu da compra de 15 ml respiradores na China. Ele destacou que não havia segurança de receber os produtos.
— As compras na China estão praticamente todas elas não se confirmando. Tínhamos uma proposta de uma empresa para trazer até 15 mil respiradores, ela teria até 30 dias. Poderia chegar no 30° dia e dizer que não poderia. Descartamos essa possibilidade.
Mandetta disse que está contando com parcerias com várias empresas de outras áreas numa “enorme força-tarefa” para viabilizar a produção de equipamentos. Ele citou Klabin, Positivo, Embraer, White Martins e bancos, entre outras.
Leitos liberados
Mandetta afirmou que até 15 mil leitos serão liberados para pacientes de outras doenças que não precisam de cuidados de maior complexidade. Eles serão obtidos a partir da autorização para hospitais de pequeno porte — que têm de 31 a 49 leitos — receberem essas pessoas, como pacientes em internação crônica e que estão em pós operatório de menor complexidade. Com isso, os hospitais maiores terão leitos liberados para a Covid-19.
— Queremos desospitalizar de nossos hospitais de maior complexidade. E nós estimamos que temos 15 mil leitos para cuidados prolongados. Não vão ser lá atendidos os pacientes de Covid. E um custeio de R$ 186 mil a 294 mil por mês conforme o porte. E o custo da emergência será de R$ 360 milhões. A autorização será feita a partir de solicitação do gestor do local, ou seja dos municípios — disse Mandetta.
O ministro também disse que poderá ser feito um hospital de campanha para os índios:
— Estamos analisando a possibilidade de fazermos um para as comunidades indígenas. Hoje tivemos caso confirmado nos ianomâmi, o que muito nos preocupa. Temos feito retirada de pessoas de helicóptero para poder levar para centros de maior complexidade, procurado fazer isolamento, com toda a dificuldade que é de cultura, de explanação, de língua.
Com Informações de O Globo