Cultura do milho é a que deve somar maiores perdas, em razão da falta de chuva em momento crucial para o desenvolvimento Diogo Zanatta / Especial
A chuva desta segunda-feira (13), não resolveu o problema da estiagem, mas amenizou um pouco a situação dos produtores da região Oeste. A irregularidade nas chuvas, registrada desde o mês de fevereiro – quando a região chegou a registrar apenas 30mm, quando o esperado eram quase 200 – provocou prejuízos em várias culturas.
As chuvas registradas no mês de abril serviram apenas para melhorar a formação das pastagens de inverno.
Segundo o vice-presidente regional da Faesc, Ricardo Lunardi, as pastagens estão sendo plantadas, porém para as demais culturas já instaladas como milho e feijão da segunda safra, as perdas se mantém. O milho safrinha foi o que sentiu mais os efeitos da falta de chuva. “Ele teve uma queda de produtividade de cerca de 20% a 25%. O milho safra teve também uma retração na produção em torno de 10%. O feijão, que também é uma cultura da região, teve uma queda de 20% a 40% menor em relação ao ano anterior na segunda safra”.
Já a soja não houve perdas tão grandes. Lunardi explicou a soja já está com mais de 70% da safra colhida, por isso, a perda não foi tão grande, mas mesmo assim tem estimativa de 20 a 30% em decorrência da seca.
Produção de leite
A preocupação existe também com o setor leiteiro. Os meses de abril e maio são os períodos de menor oferta e este ano foi acentuada pela estiagem. “A falta de chuvas está prejudicando a quantidade e qualidade das pastagens, afetando a produção e aumentando os custos de produção de leite. Informações preliminares apontam para uma redução significativa na quantidade produzida em relação a outros anos”, salientou o vice-presidente regional.
Normalmente nesta época as pastagens de verão não existem mais e as de inverno não vieram, o que acabou atrasando o plantio e gerando queda de produção. “Se não há pastagens é preciso suplementar com outros insumos, principalmente grãos. Isso encarece a produção e há um declínio nessa transição e com o efeito coronavírus que alterou todos os fornecimentos, encareceu muitos produtos, a gente ainda não sabe os reflexos disso, mas com certeza vai afetar a cadeia do leite, principalmente as indústrias do leite”.
Suínos e aves
As atividades pecuárias, como suinocultura e avicultura, segundo Lunardi, não sentiram muito. “Os modelos de produção que temos hoje, todos possuem reservatórios de água planejados e tem municípios que estão abastecendo esses aviários e produções de suínos com caminhões-pipa, mas não há ainda queda na produção em função disso”.
Soluções
A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc) junto com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) solicitou ao Ministério da Agricultura apoio para que seja feita a postergação na cobrança do financiamento de custeio e investimento que estariam vencendo agora.
“Isso seria muito importante, tanto pela questão do coronavírus como pela estiagem. Temos dois complicadores para o setor agropecuário. Esse adiamento do pagamento desses financiamentos seria muito importante que esse recurso que o produtor tem para fazer esses pagamentos agora, sirva de giro para ele nesse momento de paralisação do mercado. Daria um fôlego”, afirmou Lunardi.
Irregularidade das chuvas
Segundo dados obtidos na página da Epagri/Ciram, os baixos volumes de chuva resultaram em anomalias negativas entre -100 mm e -150 mm no Oeste. Ao mesmo tempo, a previsão climática trimestral para Santa Catarina nos meses de abril, maio e junho é de chuva abaixo da média climatológica, com tendência de ficar ainda mais escassa nos meses de abril e maio, permanecendo no trimestre com as características observadas nos meses anteriores, mal distribuída.
Fonte: Assessoria de Imprensa
A chuva desta segunda-feira (13), não resolveu o problema da estiagem, mas amenizou um pouco a situação dos produtores da região Oeste. A irregularidade nas chuvas, registrada desde o mês de fevereiro – quando a região chegou a registrar apenas 30mm, quando o esperado eram quase 200 – provocou prejuízos em várias culturas.
As chuvas registradas no mês de abril serviram apenas para melhorar a formação das pastagens de inverno.
Segundo o vice-presidente regional da Faesc, Ricardo Lunardi, as pastagens estão sendo plantadas, porém para as demais culturas já instaladas como milho e feijão da segunda safra, as perdas se mantém. O milho safrinha foi o que sentiu mais os efeitos da falta de chuva. “Ele teve uma queda de produtividade de cerca de 20% a 25%. O milho safra teve também uma retração na produção em torno de 10%. O feijão, que também é uma cultura da região, teve uma queda de 20% a 40% menor em relação ao ano anterior na segunda safra”.
Já a soja não houve perdas tão grandes. Lunardi explicou a soja já está com mais de 70% da safra colhida, por isso, a perda não foi tão grande, mas mesmo assim tem estimativa de 20 a 30% em decorrência da seca.
Produção de leite
A preocupação existe também com o setor leiteiro. Os meses de abril e maio são os períodos de menor oferta e este ano foi acentuada pela estiagem. “A falta de chuvas está prejudicando a quantidade e qualidade das pastagens, afetando a produção e aumentando os custos de produção de leite. Informações preliminares apontam para uma redução significativa na quantidade produzida em relação a outros anos”, salientou o vice-presidente regional.
Normalmente nesta época as pastagens de verão não existem mais e as de inverno não vieram, o que acabou atrasando o plantio e gerando queda de produção. “Se não há pastagens é preciso suplementar com outros insumos, principalmente grãos. Isso encarece a produção e há um declínio nessa transição e com o efeito coronavírus que alterou todos os fornecimentos, encareceu muitos produtos, a gente ainda não sabe os reflexos disso, mas com certeza vai afetar a cadeia do leite, principalmente as indústrias do leite”.
Suínos e aves
As atividades pecuárias, como suinocultura e avicultura, segundo Lunardi, não sentiram muito. “Os modelos de produção que temos hoje, todos possuem reservatórios de água planejados e tem municípios que estão abastecendo esses aviários e produções de suínos com caminhões-pipa, mas não há ainda queda na produção em função disso”.
Soluções
A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc) junto com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) solicitou ao Ministério da Agricultura apoio para que seja feita a postergação na cobrança do financiamento de custeio e investimento que estariam vencendo agora.
“Isso seria muito importante, tanto pela questão do coronavírus como pela estiagem. Temos dois complicadores para o setor agropecuário. Esse adiamento do pagamento desses financiamentos seria muito importante que esse recurso que o produtor tem para fazer esses pagamentos agora, sirva de giro para ele nesse momento de paralisação do mercado. Daria um fôlego”, afirmou Lunardi.
Irregularidade das chuvas
Segundo dados obtidos na página da Epagri/Ciram, os baixos volumes de chuva resultaram em anomalias negativas entre -100 mm e -150 mm no Oeste. Ao mesmo tempo, a previsão climática trimestral para Santa Catarina nos meses de abril, maio e junho é de chuva abaixo da média climatológica, com tendência de ficar ainda mais escassa nos meses de abril e maio, permanecendo no trimestre com as características observadas nos meses anteriores, mal distribuída.
Fonte: Assessoria de Imprensa