Foto: Pixabay
Um estudo do Department of Biomedical Sciences da New York Institute of Technology, nos EUA, aponta para uma nova explicação sobre o motivo de a covid-19 se espalhar mais rapidamente em alguns países e menos em outros.
Segundo o estudo publicado neste final de semana na revista científica Merxiv , a explicação destas diferenças estaria ligada às diferentes políticas nacionais de vacinação infantil da BCG, Bacillus Calmette-Guerin.
A vacina BCG, usada contra tuberculose, protege o organismo contra uma grande variedade de doenças pulmonares.
“Descobrimos que países sem políticas universais de vacinação BCG, como Itália, Holanda e Estados Unidos, foram mais severamente afetados em comparação com países com políticas universais e antigas de BCG”, observaram os pesquisadores liderados por Gonzalo Otazu, professor assistente de ciências biomédicas na NYIT.
Países mais e menos afetados
Os cientistas compararam países que tem vacinação obrigatória de BCG contra países que não tem.
Os países mais afetados não tem vacinação obrigatório: China, Italia, EUA, Holanda, França, Espanha, etc.
Os países menos afetados são os que tem vacinação obrigatória, como o Brasil.
O Brasil tem um dos maiores índices mundiais de cobertura da vacinação, beirando os 100% da população.
E tem uma das mais baixas incidências de coronavírus entre os países ricos ou em desenvolvimento, em torno de 0,0573 mortes por milhão de habitantes –
Atenção: isso não é um incentivo para que o brasileiro pare de tomar os cuidados de higienização e isolamento social. O SoNotíciaBoa defende que continuemos em resguardo, na medida do possível, até que haja 100% de garantia de vida.
Enquanto os EUA registraram quase 1,90,000 casos com mais de 4,000 mortes, a Itália tem 1,05,000 casos e mais de 12,000 fatalidades.
A Holanda registrou mais de 12,000 casos da doença e mais de 1,000 mortes.
Como uma das vacinas mais usadas no mundo, a vacina BCG existe há quase um século e tem se mostrado uma ferramenta eficaz na prevenção da meningite e da TB disseminada em crianças, disseram os pesquisadores dos EUA.
Acredita-se também que a inoculação ofereça proteção abrangente contra infecções respiratórias, que apresentam sintomas semelhantes aos do COVID-19, disseram eles.
Vacinação BCG
Quando os casos de tuberculose caíram no final do século 20, vários países de alta renda da Europa abandonaram suas políticas universais de BCG entre 1963 e 2010.
A equipe comparou as políticas de vacinação BCG de vários países com sua morbimortalidade COVID-19 e encontrou uma “correlação positiva significativa” entre o ano em que as políticas universais de vacinação BCG foram adotadas e a taxa de mortalidade do país.
Em outras palavras, quanto mais cedo uma política fosse estabelecida, maior a probabilidade de uma parcela significativa da população, principalmente os idosos, ser protegida, disseram os pesquisadores.
O Irã, por exemplo, que possui uma política atual de vacinação universal contra o BCG, iniciada em 1984, tem uma taxa de mortalidade elevada, com 19,7 mortes por milhão de habitantes, disseram eles.
Por outro lado, o Japão, que iniciou sua política universal de BCG em 1947, tem aproximadamente 100 vezes menos mortes por milhão de pessoas, com 0,28 mortes, segundo o estudo.
Os pesquisadores observaram que, entre os 180 países com dados do BCG disponíveis hoje, 157 países atualmente recomendam a vacinação universal ao BCG.
Os 23 países restantes interromperam a vacinação com BCG devido a uma redução na incidência de TB ou tradicionalmente favorecem a vacinação seletiva de grupos “em risco”, disseram eles.
Testes na Austrália
A publicação observou que pesquisadores australianos anunciaram recentemente planos para acelerar testes em larga escala para verificar se a vacina BCG pode proteger os profissionais de saúde contra o coronavírus.
Recentemente, publicamos aqui no SóNotíciaBoa que a Austrália está testando a BCG contra coronavírus.
Veja os gráficos que mostram a curva relacionada a imunização por BCG:
Por Andréa Fassina, da redação do SóNotíciaBoa – com informações da Merxiv e Economic Times
Um estudo do Department of Biomedical Sciences da New York Institute of Technology, nos EUA, aponta para uma nova explicação sobre o motivo de a covid-19 se espalhar mais rapidamente em alguns países e menos em outros.
Segundo o estudo publicado neste final de semana na revista científica Merxiv , a explicação destas diferenças estaria ligada às diferentes políticas nacionais de vacinação infantil da BCG, Bacillus Calmette-Guerin.
A vacina BCG, usada contra tuberculose, protege o organismo contra uma grande variedade de doenças pulmonares.
“Descobrimos que países sem políticas universais de vacinação BCG, como Itália, Holanda e Estados Unidos, foram mais severamente afetados em comparação com países com políticas universais e antigas de BCG”, observaram os pesquisadores liderados por Gonzalo Otazu, professor assistente de ciências biomédicas na NYIT.
Países mais e menos afetados
Os cientistas compararam países que tem vacinação obrigatória de BCG contra países que não tem.
Os países mais afetados não tem vacinação obrigatório: China, Italia, EUA, Holanda, França, Espanha, etc.
Os países menos afetados são os que tem vacinação obrigatória, como o Brasil.
O Brasil tem um dos maiores índices mundiais de cobertura da vacinação, beirando os 100% da população.
E tem uma das mais baixas incidências de coronavírus entre os países ricos ou em desenvolvimento, em torno de 0,0573 mortes por milhão de habitantes –
Atenção: isso não é um incentivo para que o brasileiro pare de tomar os cuidados de higienização e isolamento social. O SoNotíciaBoa defende que continuemos em resguardo, na medida do possível, até que haja 100% de garantia de vida.
Enquanto os EUA registraram quase 1,90,000 casos com mais de 4,000 mortes, a Itália tem 1,05,000 casos e mais de 12,000 fatalidades.
A Holanda registrou mais de 12,000 casos da doença e mais de 1,000 mortes.
Como uma das vacinas mais usadas no mundo, a vacina BCG existe há quase um século e tem se mostrado uma ferramenta eficaz na prevenção da meningite e da TB disseminada em crianças, disseram os pesquisadores dos EUA.
Acredita-se também que a inoculação ofereça proteção abrangente contra infecções respiratórias, que apresentam sintomas semelhantes aos do COVID-19, disseram eles.
Vacinação BCG
Quando os casos de tuberculose caíram no final do século 20, vários países de alta renda da Europa abandonaram suas políticas universais de BCG entre 1963 e 2010.
A equipe comparou as políticas de vacinação BCG de vários países com sua morbimortalidade COVID-19 e encontrou uma “correlação positiva significativa” entre o ano em que as políticas universais de vacinação BCG foram adotadas e a taxa de mortalidade do país.
Em outras palavras, quanto mais cedo uma política fosse estabelecida, maior a probabilidade de uma parcela significativa da população, principalmente os idosos, ser protegida, disseram os pesquisadores.
O Irã, por exemplo, que possui uma política atual de vacinação universal contra o BCG, iniciada em 1984, tem uma taxa de mortalidade elevada, com 19,7 mortes por milhão de habitantes, disseram eles.
Por outro lado, o Japão, que iniciou sua política universal de BCG em 1947, tem aproximadamente 100 vezes menos mortes por milhão de pessoas, com 0,28 mortes, segundo o estudo.
Os pesquisadores observaram que, entre os 180 países com dados do BCG disponíveis hoje, 157 países atualmente recomendam a vacinação universal ao BCG.
Os 23 países restantes interromperam a vacinação com BCG devido a uma redução na incidência de TB ou tradicionalmente favorecem a vacinação seletiva de grupos “em risco”, disseram eles.
Testes na Austrália
A publicação observou que pesquisadores australianos anunciaram recentemente planos para acelerar testes em larga escala para verificar se a vacina BCG pode proteger os profissionais de saúde contra o coronavírus.
Recentemente, publicamos aqui no SóNotíciaBoa que a Austrália está testando a BCG contra coronavírus.
Veja os gráficos que mostram a curva relacionada a imunização por BCG:
Por Andréa Fassina, da redação do SóNotíciaBoa – com informações da Merxiv e Economic Times