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Os riscos da automedicação em tempos de coronavírus

Medicamentos anti-inflamatórios normalmente já não devem ser utilizados de forma rotineira para o tratamento de gripes e resfriados

A automedicação é um problema de saúde pública presente na realidade do brasileiro. Em época de pandemia de coronavírus, essa prática torna-se ainda mais preocupante.

Medicamentos anti-inflamatórios e antibióticos não devem ser utilizados contra o coronavírus – Foto: Pixabay/ND


De acordo com o médico infectologista Valter Araújo, medicamentos anti-inflamatórios não devem ser utilizados de forma rotineira para o tratamento de gripes e resfriados.

Isso porque são remédios mais “fortes”, que possuem efeitos colaterais, como: gastrites, úlceras e  insuficiência renal. Além disso, podem agravar problemas que o paciente já tenha, como hipertensão.

Ainda não é possível dizer exatamente quais os efeitos colaterais de utilizar anti-inflamatórios não-hormonais, como o ibuprofeno, estando infectado com o coronavírus. No entanto, alguns relatos levantaram a probabilidade de que esses medicamentos facilitem a infecção.

No caso dos anti-inflamatórios hormonais, compostos principalmente por corticosteroides (cortisona, prednisona e dexametasona, por exemplo), Valter explica que a utilização deles contra o vírus não mostrou resultados que fizessem a diferença. Além disso, seu uso deve ser restrito e deve ser feito apenas com indicação de um médico.

Outro tipo de medicamento com o qual deve-se tomar muito cuidado no dia a dia e mais ainda na atual situação, é o antibiótico. “Existe uma tendência das pessoas de usar antibióticos para tratar doenças respiratórias, que geralmente são causadas por vírus”.

O infectologista chama a atenção para o fato de que sinusites e dores de gargantas em adultos são comumente tratadas com antibióticos de forma errônea. Afinal, esses problemas geralmente são causados por um vírus, não por bactérias.

Da mesma forma que este tratamento é equivocado, tomar antibióticos para combater o coronavírus também não é eficaz.

Por isso, deve-se sempre consultar um médico e, se necessário, realizar os exames adequados, pois cada caso possui suas particularidades.


Estou com tosse, febre e falta de ar. O que eu faço?

Conforme recomendado pelo médico, o paciente que sentir os sintomas do coronavírus deve, primeiramente, entrar em contato com algum agente de saúde por telefone.

Você ainda pode entrar em contato com algum médico da sua confiança. Nesta etapa, você precisa relatar quais são os seus sintomas para fazer uma “pré-triagem” para analisar se é necessário se deslocar até algum serviço de saúde.

A maioria das pessoas infectadas nem precisará sair de casa e poderá tratar os sintomas com remédios como paracetamol e dipirona. Além de seguir as recomendações triviais para uma gripe comum, como a ingestão frequente de líquidos e a preferência por alimentos e bebidas quentes.


Se a tosse se apresentar muito forte, é necessário ir até um serviço médico de emergência e fazer os exames cabíveis.


Fonte: ND+