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Decreto de Bolsonaro endurece regras para uso de voos da FAB por autoridades

Foz do Iguaçu - PR, 26/02/2019 POLITICA - Presidente Jair Bolsonaro na cerimônia de posse do Diretor-Geral Brasileiro da Itaipu Binacional, General Joaquim Silva e Luna na sede da empresa em Foz do Iguacu, Parana. Foto: Alan Santos/PR

Em decreto publicado nesta sexta-feira, o presidente Jair Bolsonaro endureceu as regras para uso de aviões da Força Aérea Brasileira (FAB).

Após a polêmica envolvendo a viagem do então secretário-executivo da Casa Civil, Vicente Santini, à Índia, o governo decidiu proibir autoridades substitutas ou interinas de requisitarem aeronave oficial.

Bolsonaro determinou, ainda no início do governo, que sua equipe reduzisse o uso de aviões da FAB, mas, em janeiro deste ano, Santini utilizou um dos jatos em missão no Exterior. Irritado, Bolsonaro determinou a demissão do servidor.

O texto publicado no Diário Oficial da União desta sexta-feira revoga quatro decretos assinados entre 2002 e 2015.

Os ministros titulares poderão manter o uso de aviões oficiais estritamente para viagem a serviço, terão de dar prioridade ao compartilhamento com outras autoridades e analisar se a viagem poderia ser realizada em voo comercial.

A autoridade solicitante será responsável por justificar o motivo da viagem, registros de datas e horários. A comitiva precisará ter estrita ligação com a agenda a ser cumprida, exceto nos casos de emergência médica ou de segurança.

O decreto assinado hoje também trata do deslocamento de autoridades para o local de residência permanente. Continuam habilitados a requerer os jatos para este fim o presidente e o vice-presidente da República e os presidentes do Senado, da Câmara dos Deputados e do Supremo Tribunal Federal.

Um decreto de 2015 já proibia os ministros de Estado, os comandantes das Forças Armadas e o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas de utilizarem jatos para deslocamento ao local de residência.


Com informações do Valor Econômico