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Caçadorense está há nove dias no aeroporto de Berlin

Hotéis estão fechados para turistas e voos para o Brasil são raros e caríssimos


A viagem de lua de mel se tornou um pesadelo para a caçadorense Kemelyn Karin Knecht Takahashi, 22 anos. Ela está há nove dias no aeroporto de Berlin, na Alemanha, e não consegue retornar ao Brasil. Na Europa, vários voos foram cancelados com o objetivo de impedir o avanço do coronavírus.

O drama da jovem e do marido começou no dia 14, quando chegaram ao aeroporto para embarcar de volta ao Brasil e acabaram surpreendidos por uma série de problemas da companhia aérea.

“Durante o check-in ocorreu um problema no sistema da companhia aérea. Quando resolveram já era tarde, o horário do check-in já havia acabado e não conseguimos mais embarcar”, explica Kemelyn.

Após o problema técnico, a companhia aérea informou que ela e o marido seriam realocados no próximo voo, porém isso não aconteceu. “Tentamos contato várias vezes com a companhia aérea, depois de muito tempo conseguimos. Mas foi dito que eles não poderiam fazer mais nada, além se nos vender um novo bilhete”.

Mesmo tentando comprar outra passagem, Kemelyn e o marido não conseguiram. Tentaram mudar de companhia aérea, mas também sem sucesso.

Na segunda-feira, quando foi decretado o fechamento das fronteiras da União Europeia por 30 dias, Kemelyn e o marido se viram em meio ao caos.

“Todos os voos estavam sendo cancelados, mais de 20 voos por dia. E os voos que estão operando para o Brasil a passagem está quase dois mil euros, e não temos esse dinheiro”, disse.

“Dentro do nosso orçamento as únicas passagens disponíveis são para 1 de maio. Não sabemos mais o que fazer”, acrescenta a caçadorense.


Dormindo em bancos

O casal também tentou contato com o consulado do Brasil na Alemanha, mas a resposta é que no momento não há nada que possa ser feito.

“Simplesmente estamos ilhados dentro do aeroporto de Berlim sem ter o que fazer ou para onde ir, dormindo em bancos e sem ter onde tomar um banho. Hotéis estão fechados e proibidos que receber turistas. Mercados abertos, mas sem nada, pouca coisa se encontra. Tudo está fechado principalmente para turista”, desabafa Kemelyn.


Outros brasileiros

Kemelyn ainda alerta que a situação não é exclusiva do casal. Outros brasileiros estão vivendo a mesma situação na Alemanha.


“Há vários outros brasileiros que não conseguem retornar. Estamos sem assistência, simplesmente presos correndo o risco de contrair o vírus a qualquer momento. Só queremos ajuda para sair daqui, alguma assistência, pois a situação é constrangedora”, finaliza a caçadorense.


Fonte: Caçador Online